Justiça absolve Geddel Vieira da acusação de atrapalhar investigação
Ex-ministro foi acusado pelo Ministério Público Federal de tentar evitar delação premiada de Lúcio Funaro
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No entendimento do MPF, Geddel atuou para constranger Funaro, telefonando por diversas vezes para a esposa dele, Raquel Pitta, quando o operador já estava preso, com objetivo de convencê-lo a não se tornar um delator. Ao absolver Geddel, o juiz entendeu que não há provas que o ex-ministro tenha atrapalhado as investigações.
"Não há prova de que os telefonemas tenham consistido em monitoramento de organização criminosa, tampouco de que ao mandar um abraço para Funaro, nos telefonemas dados a Raquel, o acusado Geddel de maneira furtiva, indireta ou subliminar, mandava-lhe recados para atender ou obedecer à organização criminosa", decidiu.
Prisão
Em 2007, Geddel foi preso, por determinação do próprio juiz Vallisney, por causa das acusações de obstrução das investigações. Mas, em seguida, o ex-ministro foi beneficiado com um habeas corpus concedido pelo desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, sediado em Brasília.
No entanto, após ganhar liberdade, Geddel voltou a ser preso após a Polícia Federal ter encontrado R$ 51 milhões em um apartamento de Salvador e que foram atribuídos a ele pelas investigadores.
Atualmente, ele está custodiado na penitenciária da Papuda, em Brasília. Segundo os advogados do ex-ministro, a origem dos R$ 51 milhões decorre da "simples guarda de valores em espécie".