Justiça mantém presos prefeitos de Mauá e Mongaguá durante Operação Prato Feito

Justiça mantém presos prefeitos de Mauá e Mongaguá durante Operação Prato Feito

Cerca de 65 contratos suspeitos de fraude na merenda escolar estão sendo investigados

AE

Cerca de 65 contratos suspeitos de fraude na merenda escolar estão sendo investigados

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O desembargador do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, Maurício Kato, decidiu manter presos, por tempo indeterminado, os prefeitos de Mauá, Átila Jacomussi (PSDB), e de Mongaguá, Artur Prócida (PSDB), alvos da Operação Prato Feito, que mira desvios na merenda escolar. Eles estavam presos provisoriamente - prazo de cinco dias prorrogáveis -, e, com as determinações, passam a ser encarcerados preventivamente.

Na casa de Prócida, a Polícia Federal encontrou os montantes de R$ 4.613.610 e mais US$ 216.763 em dinheiro vivo. Ele foi preso em flagrante por crime de lavagem de dinheiro. Já em Mauá, onde os federais fizeram dois flagrantes, Jacomussi foi flagrado com R$ 87 mil em dinheiro vivo e seu secretário de Governo, João Gaspar (PRP), com R$ 588.417.

A Operação Prato Feito deflagrada na última quarta-feira, investiga 65 contratos suspeitos, cujos valores totais ultrapassam R$ 1,6 bilhão, em 30 cidades de São Paulo - entre elas, a capital. A PF pediu a prisão de 62 investigados, mas a Justiça Federal autorizou apenas buscas. Os dois prefeitos foram encarcerados em flagrante.

Defesas

A assessoria de Atila Jacomussi publicou a seguinte nota: "Informamos que a prisão do prefeito de Mauá, Atila Jacomussi, foi decretada na noite desta sexta-feira (11/5), em decisão proferida pelo desembargador do TRF da 3ª Região, Dr. Maurício Kato, permanecendo no exercício de seu cargo público e com manutenção de todos os seus direitos políticos.

A defesa de Atila impetrará habeas corpus perante o STJ (Superior Tribunal de Justiça), visto que a decisão carece de motivação válida, argumentos idôneos e necessidade. Aliás, reforçamos que se fez demonstração hábil de que todos os valores encontrados em sua residência tem lastro, origem lícita e são oriundos de salários, alugueres e saques de pensão.

Diga-se ainda que na operação deflagrada não há citação de qualquer envolvimento do prefeito Atila Jacomussi em ilicitude ou atos de improbidade. O prefeito Atila reforça que acredita na Justiça, continua a colaborar com as investigações e que nada tem a esconder". A reportagem está tentando contato com a Prefeitura de Mongaguá. O espaço está aberto para manifestação.

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