Leite defende que contratação de agropecuária para exames de Covid-19 está nas normas da Anvisa

Leite defende que contratação de agropecuária para exames de Covid-19 está nas normas da Anvisa

Para governador, laboratório tem insumos e capacidade para realizar testes para coronavírus

Correio do Povo

Governador defendeu que medida está regulamentada

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Em entrevista coletiva realizada na manhã desta sexta-feira, o governador Eduardo Leite comentou reportagem do site The Intercept Brasil que denuncia uma agropecuária que funciona como pet shop como o primeiro laboratório fora da estrutura pública contratado para realizar testes de Covid-19 no Rio Grande do Sul. "Dentro do que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) preceitua, dentro do que se estabelece, laboratórios agropecuários podem fazer os exames. Não há nenhum problema nisso", argumentou.

O chefe do Executivo gaúcho se referia à Resolução da Diretoria Colegiada da Anvisa assinada em 1º de abril que valerá, em princípio, por seis meses, mas pode ser renovada enquanto reconhecida pelo Ministério da Saúde a emergência relacionada à pandemia do novo coronavírus. Ela autoriza os Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDAs) a realizarem análises para o diagnóstico da doença. Ainda há previsão da utilização de laboratórios da Embrapa, o que deve ocorrer em uma segunda etapa. 

O líder do Piratini disse que a contratação foi feita "com acompanhamento de funcionários públicos ligados à Vigilância Sanitária no Estado para certificar o funcionamento deste estabelecimento". De acordo com o tucano, a Secretaria de saúde buscou junto a coordenadoria de saúde "dezenas de laboratórios", mas a maioria deles argumentou que têm os equipamentos, mas não os insumos. "O que surgiu foi esse que disse ter os equipamentos e também os insumos necessários. Toda essa documentação foi enviada por e-mail", disse, defendendo que sua gestão tem trabalhado em todas as frentes para aumentar a capacidade de diagnóstico.

Leite frisou que o local será remunerado mediante o cumprimento dos cerca de 250 exames para os quais foi habilitado. "O site The Intercept diz que apenas cargos de confiança teriam vistoriado. Não é verdade. Servidores públicos ligados à vigilância sanitária fizeram a vistoria no laboratório, e equipe técnica foi certificada", defendeu.

Nesse sentido, Leite lembrou que o Laboratório Central do Estado (Lacen) tem uma limitação, por isso foram buscados outros parceiros. Um deles é Universidade Federal do Rio Grande do Sul, contratada para fazer exames 500 exames inicialmente. "O Banrisul está comprando patrocinando o equipamento necessário para incrementar a capacidade do laboratório da Ufrgs para ampliar a sua capacidade a 900 exames", concluiu.


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