Lula fala em consolidar a democracia e em compensação para que ministérios funcionem

Lula fala em consolidar a democracia e em compensação para que ministérios funcionem

Presidente mencionou suposta tentativa de golpe

Correio do Povo

Lula fala em consolidar a democracia em reunião ministerial

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Na abertura da reunião ministerial, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou que o governo federal ainda tem muito para fazer para a população brasileira. O chefe de Estado mencionou a suposta tentativa de golpe de Estado e falou que é necessário pensar em consolidar a democracia. Além disso, Lula comentou que existe a necessidade de cortar recursos em algumas áreas, mas que as mesmas serão compensadas para que os ministérios funcionem.

"Hoje, nós temos mais clareza sobre o que aconteceu no 8 de janeiro, porque agora sabemos o que era pensado em dezembro, através de depoimentos de pessoas que estavam nas Forças Armadas. E não teve golpe não só porque as pessoas que comandavam não quiseram fazer, mas também porque o então presidente foi um ‘covardão’ e não quis levar a adiante aquilo que planejou. Então nós temos uma coisa muito séria a ser feita, que não é apenas melhorar a Saúde, a Educação e outras áreas, mas consolidar a democracia”, disse.

No mês passado, a Polícia Federal (PF) ouviu investigados e testemunhas sobre uma tentativa de golpe de Estado supostamente articulada por Bolsonaro e seus aliados. Na última sexta-feira, 16, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), derrubou o sigilo e os depoimentos se tornaram públicos.

As declarações do ex-chefe da Aeronáutica Carlos Almeida Baptista Júnior e do ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes à PF narram os detalhes das reuniões em que o ex-chefe do Executivo teria tentado arregimentar as Forças Armadas em uma tentativa de se manter no Poder.

Lula disse que o último ano foi de "recuperação", que sabe que ainda falta muito a fazer naquilo que se comprometeu durante a campanha eleitoral. "Todo mundo aqui sabe que recuperar uma coisa estragada é mais difícil do que começar uma coisa nova. Todo mundo sabe a quantidade de obras em cada área que vocês pegaram, sobretudo na Saúde", disse o presidente ao seu time. "Foi um trabalho hercúleo para recuperar tudo isso", continuou.

Reuniões ministeriais são tidas como "freios de arrumação” para o presidente alinhar seus ministros em torno dos discursos e prioridades da gestão. Os 38 ministros são convocados, e outras autoridades como líderes do governo no Legislativo também costumam participar. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por exemplo, desmarcou a viagem que faria à Alemanha a partir de ontem para participar da reunião.

No ano passado, Lula realizou quatro reuniões com os chefes das pastas para dar recados aos ministros. Em março de 2023, por exemplo, o chefe do Executivo deu uma bronca nos auxiliares por anunciarem propostas sem o aval da Casa Civil.

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