Lula faz aceno às Forças e enaltece atuação do Exército em área questionada por ambientalistas

Lula faz aceno às Forças e enaltece atuação do Exército em área questionada por ambientalistas

Declaração ocorreu nesta sexta-feira, 19, em evento referente à Escola de Sargentos das Armas

Estadão Conteúdo

"Eu sei da vocação e da capacidade de luta dos nossos ambientalistas. Sei de tudo isso, mas o que a gente tem que fazer é agradecer alguma coisa. Se não fosse o Exército ter essa área, ainda teria alguma árvore aqui?", disse Lula

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um gesto às Forças Armadas, órgão em que busca aproximação desde o início de seu terceiro mandato. De acordo com o petista, é preciso agradecer a atuação do Exército em algumas regiões do País, tal como o trabalho na Escola de Sargentos das Armas, em Recife.

"Eu sei da vocação e da capacidade de luta dos nossos ambientalistas. Sei de tudo isso, mas o que a gente tem que fazer é agradecer alguma coisa. Se não fosse o Exército ter essa área, ainda teria alguma árvore aqui?", comentou. A declaração ocorreu nesta sexta-feira, 19, em evento referente à Escola de Sargentos das Armas.

A região onde está localizada a escola é contestada por ambientalistas. No ano passado, o grupo procurou o Ministério do Meio Ambiente para barrar a construção da obra. No debate, o cálculo feito por ecologistas envolvia o desmate de cerca de 150 hectares no Campo de Instrução Marechal Newton Cavalcanti (CIMNC), uma área de 12 mil hectares na cidade de Paudalho, na zona da mata.

Lula afirmou que um caso semelhante ocorre na Restinga da Marambaia, no Rio de Janeiro, onde há uma base naval. "Se não fosse a Marinha, aquilo tinha virado um resort, quem estava lá, não era quem mora lá, quem estava lá era os grã-finos do mundo inteiro", comentou. "Então eu quero começar agradecendo às Forças Armadas brasileiras, à preservação que vocês fizeram dessa área que vocês ocupam", acrescentou.

O presidente disse que a obra é importante para se discutir como fazer uma escola onde se "derruba o menos possível e planta o máximo possível". Em sua avaliação, o que será plantado na Escola de Sargento das Armas será, sobretudo, cidadania.

"O que vai ser plantado é cidadania para milhões de jovens que se transformaram em sargentos e irão continuar defendendo a soberania brasileira", afirmou o presidente.

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