Maia vai dar R$ 2 bilhões do fundo partidário para combater incêndios?, questiona Bolsonaro

Maia vai dar R$ 2 bilhões do fundo partidário para combater incêndios?, questiona Bolsonaro

Presidente da Câmara dos Deputados defende uso de recursos de fundo da Petrobras contra queimadas na Amazônia

AE

Bolsonaro reagiu com ironia à proposta de Maia para combater as queimadas na Amazônia

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O presidente Jair Bolsonaro fez uma ironia e perguntou a jornalistas, nesta sexta-feira, se é verdade que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) vai dar R$ 2 bilhões do fundo público de campanha para ajudar a combater incêndios na Amazônia. "Quero perguntar a vocês, é verdade que o Rodrigo Maia falou que vai dar R$ 2 bilhões do fundo partidário para combater incêndios? Vi uma notinha na imprensa aí", declarou.

Bolsonaro reagiu ao ser indagado se a liberação de recursos estaria entre as iniciativas do governo para ajudar no combate às queimadas na região amazônica. "O problema é recurso", respondeu. O montante representa o aumento defendido por Maia e parlamentares no fundo partidário, que pode chegar a R$ 3,7 bilhões nas eleições municipais do ano que vem.

Maia afirmou no Twitter, também nesta sexta-feira, que sua proposta para o combate das queimadas é buscar um fundo relacionado à Petrobras. "Minha proposta para o combate às queimadas é efetiva. Peticionarmos juntos no Supremo, pedindo os R$ 2,5 bilhões do fundo da Petrobras para a educação e também para a Amazônia. Recursos que estão parados e entrariam hoje no caixa do governo e poderiam, inclusive, ir para os estados da região", escreveu. 

 

 

Tropas do Exército na Amazônia 

Mais cedo, Bolsonaro afirmou que a tendência é que o governo mobilize tropas do Exército para auxiliar no combate às queimadas na Amazônia. Isto ocorreria por meio de uma operação de Garantia de Lei e da Ordem (GLO). "É uma tendência. A tendência é essa, a gente fecha agora de manhã", disse o presidente. Ele lembrou que organizou uma "reunião muito grande ontem" no Planalto para discutir a situação - oito ministros participaram do encontro. "Discutimos muita coisa. O que estiver ao nosso alcance nós faremos", declarou o presidente. 

As queimadas na Amazônia viraram pauta internacional, tanto que o tema deverá ser tratado na reunião do G7, na França. O assunto foi incluído no encontro por sugestão do presidente francês Emmanuel Macron. O chefe de estado europeu deu declarações fortes sobre Bolsonaro e revelou oposição ao acordo entre União Europeia e Mercosul. "Dada a atitude do Brasil nas últimas semanas, o presidente da República só pode constatar que o presidente Bolsonaro mentiu para ele na cúpula (do G20) de Osaka", declarou o palácio do Eliseu.


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