Marchezan sanciona lei que proíbe atuação de flanelinhas em Porto Alegre

Marchezan sanciona lei que proíbe atuação de flanelinhas em Porto Alegre

Estacionamento de veículos mediante cobrança só poderá ser feito pelo poder público, concessionários e permissionários

Correio do Povo

A Prefeitura realizou o cadastramento de flanelinhas em atuação na Capital

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A atividade de guardador autônomo de veículos está proibida nas ruas de Porto Alegre. O prefeito Nelson Marchezan Júnior sancionou, na tarde desta quarta-feira, a Lei dos Flanelinhas e apresentou um plano de reinserção social, que conta com apoio de entidades, instituições e empresas. A lei está publicada em edição extra do Diário Oficial de Porto Alegre.   

Com a nova legislação, a prefeitura busca acabar com a atuação irregular dos flanelinhas, que ocorre há anos principalmente em áreas de grande circulação de pessoas. A partir de agora, os serviços de estacionamento de veículos em vias e locais públicos, mediante cobrança de pagamento ou qualquer espécie de contribuição, poderão ser explorados somente pelo poder público ou por concessionários ou permissionários.

Marchezan explica que a proposta de proibir a atividade reúne forças de segurança municipal, estadual e federal. Afirma que o Município irá reprimir, fiscalizar e multar os infratores, mas que este não é o objetivo maior. Em parceria com a sociedade civil, a prefeitura trabalha na emancipação das pessoas que vivem como guardadores. “Não temos o direito de desistir dos mais vulneráveis. O grande desafio é transformar a vida dessas pessoas”, diz o prefeito, ressaltando que “esta não é uma lei com fundamentos demagógicos, mas que mostra um caminho desejado para a nossa cidade.”

Fiscalização 

Caberá aos agentes de fiscalização, guardas municipais e agentes de trânsito e transporte, dentro de suas competências e de forma compartilhada, controlar e impedir a exploração indevida de estacionamentos em vias e locais públicos. Eles deverão remover quem infringir a lei e registrar a ilegalidade da profissão. Os infratores serão multados em R$ 300,00. Em caso de reincidência, a cobrança será em dobro. Os valores das multas aplicadas vão ser destinados ao Fundo Municipal de Segurança Pública (Fumseg).

Em novembro de 2019, a prefeitura iniciou o cadastramento dos flanelinhas. Até esta quarta-feira, foram feitos 200 cadastros, principalmente nas regiões do Parque Marinha do Brasil, Parque Farroupilha (Redenção), Hospital Mãe de Deus e Orla do Guaíba. Entre os dados levantados, estão que a maioria dos guardadores são homens (88,7%), 49% estudaram até o 5º ano do Ensino Fundamental, 74,5% têm antecedentes criminais, 88% já tiveram alguma experiência formal de trabalho e 82% afirmam ter interesse em retornar ao mercado de trabalho.

Reinserção

Para atender aqueles que querem voltar a ter uma atividade legalizada, a prefeitura buscou ajuda de entidades, instituições e empresas. Os parceiros irão oferecer cursos profissionalizantes e oportunidades de trabalho. Até agora, confirmaram apoio o Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região (Sindha), Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas), Sindicato dos Engenheiros (Senge), Melnick, PUCRS, Serviço Nacional do Comércio (Senac), Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção e Pintura, Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas (ADCE), Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee) e Sistema S. 


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