Marina afirma que reforma da previdência, tributária e política são prioridades

Marina afirma que reforma da previdência, tributária e política são prioridades

Pré-candidata à Presidência saúda a entrada do ex-presidente do STF, Joaquim Barbosa no processo

AE

Presidenciável defendeu ainda a prisão após segunda instância

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Pré-candidata pela Rede à Presidência da República, a ex-senadora Marina Silva declarou nesta terça-feira, que as reformas da Previdência, tributária e política serão prioridades em seu governo e que não pretende tirar "nenhum coelho da cartola" quando o assunto é economia.

"Na área econômica, digo sempre que não vamos precisar reinventar a roda", disse a ex-ministra do governo Lula. "A gente precisa tirar o coelho da gaiola, porque ele foi engaiolado há alguns anos e por isso voltamos a ter inflação, déficit público e um monte de problemas", disse.

Marina, que palestrou durante a 19ª Conferência Anual de Investidores do Santander, veio acompanhada do economista Eduardo Giannetti da Fonseca e Basileu Margarido, que integram a sua equipe econômica. Ela também disse receber colaboração do economista André Lara Rezende e, no debate sobre a reforma tributária, do Instituto de Cidadania Fiscal, de Bernard Appy.

Em relação à reforma da Previdência, a pré-candidata disse não concordar com o projeto enviado pelo governo do presidente Michel Temer, que não teria a legitimidade necessária para conduzir as reformas. Já sobre a reforma tributária,  Marina defendeu uma simplificação da estrutura, se possível com a criação de um imposto único sobre valor adicionado.

"Não dá para ser populista e dizer que dá pra reduzir tributos, mas também não devemos aumentá-los", acrescentou, mencionando as grandes carências que o Brasil enfrenta em temas como educação e saúde.

Questionada sobre o que trouxe de aprendizado das eleições passadas, Marina disse que, em 2014, viu que "muitos candidatos disputavam não a Presidência, mas o comando de uma organização criminosa". Este ano, continuou, "muita gente que disputa a eleição quer na verdade um salvo conduto", acusou.

A presidenciável defendeu ainda a prisão após segunda instância, mas disse que é preciso avançar no sentido de restringir o foro privilegiado das autoridades. "Isso criou uma clara injustiça: os que têm prerrogativa de foro ficam impunes. Só no Congresso Nacional temos cerca de 200 investigados, sem falar naqueles que estão escondidos dentro do Palácio do Planalto".

Joaquim Barbosa

Marina Silva reiterou que não tem conversado com o ex-ministro Joaquim Barbosa, mas que saúda sua filiação ao PSB. "Não temos conversado, eu e o ministro Barbosa, mas saúdo a decisão dele de entrar na política, acho que vai contribuir bastante para o debate. E respeito o debate interno do PSB, sobre se terá ou não candidatura", disse a presidenciável. "Numa eleição em dois turnos, os partidos têm direito de colocar suas ideias e apresentar para sociedade aquilo que acham que é o melhor caminho".

No ano passado, o ex-ministro e a pré-candidata se encontraram em mais de uma ocasião e aliados nutriam a esperança de vê-los em uma chapa única.

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