Militares já passaram por reforma mais dura do que a proposta para os civis, diz Bolsonaro

Militares já passaram por reforma mais dura do que a proposta para os civis, diz Bolsonaro

Presidente citou a MP enviada ao Congresso que alterou o Regime das Forças Armadas

AE

Bolsonaro foi pessoalmente ao Congresso entregar o projeto

publicidade

Ao entregar ao Congresso a proposta de reestruturação do sistema de proteção social das Forças Armadas, o presidente Jair Bolsonaro alegou que a categoria já passou por uma reforma previdenciária mais dura do que a que tramita atualmente no Parlamento para os trabalhadores civis. Ele citou uma Medida Provisória enviada ao Congresso ainda em 2000 que alterou o regime das Forças Armadas.

"Se os senhores buscarem essa MP lá atrás, olharem o que foi retirado dos militares, e somarem com o que chegou aqui agora, podem ter certeza que foi uma reforma muito mais profunda que a que propomos agora para o regime geral", afirmou, em fala no gabinete da presidência da Câmara dos Deputados.  "Um apelo que faço aos senhores ao analisarem essa proposta, que levem em consideração aquela lá de atrás também", completou.

Bolsonaro brincou ao dizer ser "suspeito" ao defender o texto, por ser capitão da reserva do Exército. O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, lembrou que o presidente também é "comandante em chefe das Forças Armadas". O presidente comentou que as Forças Armadas contribuem sempre que o País necessita e pontuou que os militares não estão pedindo os direitos trabalhistas do artigo 7º da Constituição. Ele lembrou que a proposta entregue nesta quarta-feira poderá ser alterada pelo Congresso, assim como a proposta de emenda constitucional da reforma da Previdência.

Bolsonaro admitiu ainda que, durante a sua atuação como parlamentar, votou diversas vezes contra a reforma previdenciária e disse que "se penintencia" por isso. Ele pediu ainda que a proposta dos militares seja tratada com seriedade pelo Congresso e que chegue a um ponto final no máximo no meio do ano. "Não é meu governo que está em jogo, nem o meu partido e os meus ministros, estamos todos juntos nessa jornada. Se a questão da Previdência não der certo, ficaremos em situação bastante complicada na economia. Não posso atender todos parlamentares que me procuram, mas peço compromisso com o Brasil", acrescentou.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895