MInistério da Justiça manda PF apurar caso Swissleaks

MInistério da Justiça manda PF apurar caso Swissleaks

Mais de 6 mil contas bancárias abertas no HSBC estavam fora dos registros

AE

Entrada na PF no Swissleaks é uma determinação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo

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A Polícia Federal vai apurar a prática de possíveis atos ilícitos nas contas secretas mantidas pelo banco HSBC, na Suíça. A entrada na PF no caso é uma determinação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em decisão de sexta. Segundo nota oficial do ministério divulgada neste sábado, a PF vai entrar no caso "conhecido como Swissleaks".

A determinação de Cardozo ao diretor-geral do Departamento da Polícia Federal, Leandro Daiello, é "que se faça análise, apuração de eventuais ilícitos e adoção de providências cabíveis", de acordo com a nota. Antes do ministro da Justiça, a Receita Federal já tinha "entrado" no caso. Há uma semana, o Fisco anunciou seu acesso a parte da lista de cidadãos brasileiros que "supostamente possuíam relacionamento financeiro com aquela instituição financeira na Suíça".

Nada menos do que 6,6 mil contas bancárias abertas no HSBC, na Suíça, pertencentes a 4,8 mil cidadãos de nacionalidade brasileira, estavam fora dos registros. A informação foi revelada no caso chamado "Swissleaks" pelo International Consortium of Investigative Journalism (ICIJ) há quase 15 dias. Essas contas totalizariam saldo de US$ 7 bilhões entre 2006 e 2007.

Ontem foi lido no plenário do Senado o pedido de criação de uma CPI para investigar supostas irregularidades cometidas por correntistas brasileiros na movimentação de recursos na filial do banco HSBC na Suíça. A proposta de comissão de inquérito foi apresentada na última quinta-feira (26) pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) com 33 assinaturas, seis a mais do que o mínimo necessário pelo regimento interno da Casa. O pedido de criação da CPI contou com o apoio de senadores da base aliada e da oposição, como o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Na semana passada, o Ministério Público Federal informou que vai investigar o caso. A Receita Federal também já anunciou que pretende analisar as operações realizadas por brasileiros em contas secretas mantidas pelo banco na Suíça.

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