Ministério do Meio Ambiente critica fusão anunciada por Bolsonaro
Presidente eleito propôs aglutinação da pasta com Agricultura
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A declaração alerta que a medida terá consequências negativas para o cuidado do meio ambiente e para a economia do Brasil. Essas críticas estão em sintonia com as de ONGs ambientalistas que temem que a área ambiental do país mais megadiverso do mundo seja deixada para os poderosos interesses do agronegócio.
"Protegemos nossas riquezas naturais, como os biomas, a água e a biodiversidade, contra a exploração criminosa e predatória, de forma a que possam continuar cumprindo seu papel essencial para o desenvolvimento socioeconômico", afirma ainda o texto, que propõe um diálogo transparente e qualificado com o governo eleito no período de transição.
Na véspera, o presidente eleito Jair Bolsonaro anunciou que pretende fundir os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, uma das medidas mais polêmicas de seu programa. "Agricultura e meio ambiente estarão no mesmo ministério, como desde o primeiro momento", disse Onyx Lorenzoni, que a partir de 1º de janeiro de 2019 será o ministro da Casa Civil do governo Bolsonaro.
Segundo o programa, Bolsonaro planejava unir em um único ministério as áreas do governo que se ocupam de política econômica e agrícola, de recursos naturais e do meio ambiente rural. Na reta final de sua campanha, o presidente deu sinais de que poderia não executar esta fusão, dizendo-se aberto a negociar o tema.