Ministério trata como prioridade questão nuclear no país, diz presidente da INB

Ministério trata como prioridade questão nuclear no país, diz presidente da INB

Aquilino Senra afirma que energia nuclear terá importante papel na matriz energética brasileira

Agência Brasil

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O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação está tratando como prioridade a questão nuclear no Brasil. A informação é do presidente da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), empresa vinculada ao ministério, Aquilino Senra. “É uma área estratégica para o país, não só para a geração de energia, aplicar em áreas como a medicina ou a produção de radiofármacos (compostos utilizados em medicina nuclear)”, disse em entrevista à Agência Brasil.

Segundo Senra, a participação nuclear na matriz energética ainda é baixa, inferior a 2%. A ideia é ampliar essa participação para algo em torno de 5%, explicou o pesquisador. Ele informou também que a decisão para a construção de novas usinas ocorrerá tão logo seja resolvida a questão econômica que o país enfrenta. Nesse sentido, lembrou que tem havido, da parte do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, anúncio de que haverá retomada da construção de usinas nucleares no país. “Eu acho que essa decisão está bem próxima”.

Para o presidente da INB, a energia nuclear vai ter um importante papel na matriz energética brasileira. “O Brasil é um dos poucos países que têm minério de urânio, domínio da tecnologia para beneficiar esse urânio e faz uso para a geração de energia elétrica. Só tem três países no mundo com essas características. São o Brasil, a Rússia e os Estados Unidos. Isso é um diferencial”.

Senra disse ainda que os problemas relativos à segurança, após o acidente de Fukushima, no Japão, em 2011, já foram superados, sob a coordenação da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea). “Resta agora a questão econômica, mas eu tenho certeza que vamos superar esse quadro rapidamente, e haverá uma decisão favorável”.

O presidente da INB também destacou que um projeto importante do país é do reator produtor de radioisótopos para atender à demanda da medicina nuclear, estimada em torno de 2 milhões de procedimentos médicos para diagnóstico e tratamento de doenças. “O Brasil até hoje é dependente da importação do principal isótopo, o molibdênio, usado na produção desses radiofármacos”. Segundo ele, o ministério pretende priorizar essa atividade estratégica.

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