Ministro diz que governo não tem recursos para reduzir fila do INSS

Ministro diz que governo não tem recursos para reduzir fila do INSS

Carlos Lupi afirma que Executivo federal precisa ampliar orçamento para atender pessoas que aguardam por benefícios

R7

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O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, afirmou nesta segunda-feira que o governo federal vai precisar de recursos adicionais para conseguir reduzir a fila do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por benefícios previdenciários, entre eles a aposentadoria.

De acordo com ele, o atual orçamento para essa finalidade é suficiente para atender apenas o "crescimento vegetativo" de aposentadorias e pensões e não há espaço para incluir as pessoas que aguardam por uma decisão do INSS. "Para o que está sendo previsto de crescimento vegetativo, de 1,1 milhão, que todo ano cresce, entre aposentados, pensionistas, beneficiários da Previdência, está previsto e orçado. Além do crescimento vegetativo por ano, você vai ter de 800 a 900 mil a mais. Então, nós temos também que encontrar uma solução para o pagamento", disse Lupi após reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Segundo Lupi, o governo estuda de onde tirar dinheiro para ampliar o orçamento do INSS. "Já estamos nos preparando e organizando para como conseguir fonte de receita para cobrir isso. Ainda estamos em abril, mas estamos com essa previsão com muita antecedência justamente para a gente estudar as formas e maneiras para encontrar uma saída."

De acordo com o ministro, um dos objetivos do governo é garantir que o tempo de espera na fila seja de no máximo 45 dias. Esse prazo é estabelecido pelo próprio INSS, mas não costuma ser respeitado. O ministro disse que quase 40% das pessoas que estão na fila aguardam por um parecer há mais de 90 dias.

Lupi relatou, contudo, que existe a previsão de pagamento de um bônus a quem faz as perícias médicas a partir de maio, o que pode agilizar a análise dos pedidos. "A partir do mês que vem, deve ter o bônus. Com isso, dobra-se a capacidade de produção. Então, acho que, em seis meses, eu consigo colocar as filas até dezembro em 45 dias, que é o prazo estipulado legalmente."


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