Moção de apoio à ex-companheira de Leonel Radde gera atritos na Câmara de Porto Alegre

Moção de apoio à ex-companheira de Leonel Radde gera atritos na Câmara de Porto Alegre

Requerimento para adiar a votação deu início aos debates e, por falta de quórum, a ordem do dia foi encerrada sem a apreciação da pauta

Rafael Renkovski*

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Uma moção de solidariedade à Giane Alves Santos, ex-companheira do deputado estadual Leonel Radde (PT), investigado por suposta agressão, foi motivo de discussões entre os vereadores, na sessão desta quarta-feira. A proposição é de autoria dos vereadores Comandante Nádia (PP), Fernanda Barth (Podemos), Ramiro Rosário (PSDB) e Mauro Pinheiro (PL). 

Os conflitos entre os parlamentares começaram antes mesmo do início do debate sobre a moção, quando o vereador Claudio Janta (Solidariedade), reforçado por Aldacir Oliboni (PT), requereu a retirada da moção da pauta de votação.

Em discordância, Nádia defendeu a pauta e a votação. "Vamos votar mesmo que a gente perca. Eu quero ver os vereadores que não têm lado e que são a favor da mulher não ser vítima da violência", argumentou. 

Justificando que as regras da Casa determinam 48 horas de espera para as proposições serem apreciadas após aprovação na reunião de líderes, tempo não atingido para a moção, o vereador Roberto Robaina (PSol) pediu o adiamento. Alegou, também, que acredita que existam outras formas de a Câmara investigar e participar do caso, que se tornou público. O pedido foi aceito pelos autores. 

Líder do PP e procuradora da Procuradoria Especial da Mulher do Legislativo, Mônica Leal pediu "responsabilidade" aos parlamentares para "aguardar o resultado do processo" e afirmou ser "contra a violência e contra qualquer atitude prematura que envolve reputações e nomes". A fala gerou atrito com a companheira de bancada, Comandante Nádia.

Por falta de quórum, a ordem do dia foi encerrada e não houve votação. Em acordo de lideranças, foi aberta uma sessão extraordinária para a aprovação, com 32 votos favoráveis e dois contrários, do Projeto de Lei do Executivo que altera as atribuições do cargo de gari; cria 71 cargos de provimento efetivo; e extingue 3.110 cargos de provimento efetivo, no Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU).

*Supervisão Dulci Emerim


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