Moraes nega revogação da prisão de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
Cid vai prestar um novo depoimento à Polícia Federal nesta sexta
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, negou pedidos de revogação da prisão do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Cid vai prestar um novo depoimento à Polícia Federal nesta sexta-feira (30) e à CPMI do 8 de janeiro na semana que vem.
A negativa também foi dada aos presos Ailton Barros, Max Guilherme de Moura e Sergio Cordeiro. Segundo Moraes, há a necessidade de manutenção das prisões, porque "eventuais medidas cautelares diversas da prisão não se revelariam suficientes para preservar a higidez da colheita dos elementos de prova necessários à elucidação dos fatos".
"A evolução das diligências apuratórias, especialmente, sobre os dados telemáticos obtidos, reforça os indícios de participação dos investigados em esquema criminoso de fraude aos sistemas públicos de saúde, bem como em outras infrações penais", disse o ministro. Moraes afirmou também que, dos elementos colhidos, tem sido necessária a realização de novas oitivas dos investigados.
A revogação das prisões poderia colocar em risco a investigação, por ainda se verificar a possibilidade, ainda que em tese, de que os investigados possam ajustar versões acerca dos fatos ou interferir na colheita da prova, especialmente, no que diz respeito ao delito de associação criminosa.
Mauro Cid foi preso, em maio, por determinação de Moraes, em uma investigação da Polícia Federal que cumpriu 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva para apurar a inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 no sistema ConecteSUS, do Ministério da Saúde.
Entre os beneficiados estariam Bolsonaro e a filha dele, Laura Bolsonaro. Os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão, inclusive, na casa do ex-presidente, que teve o celular apreendido.