Mourão critica comunicação do governo ao falar sobre cortes na educação

Mourão critica comunicação do governo ao falar sobre cortes na educação

General Mourão avalia os protestos como "normal"

AE

Segundo vice-presidente, é preciso explicar melhor o contingenciamento na área da educação

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O presidente da República em exercício, Hamilton Mourão, considera que o governo tem "falhado na comunicação" e precisa explicar melhor o contingenciamento na área da educação. Para ele, a ida do ministro da Educação, Abraham Weintraub, à Câmara, nesta quarta-feira, é uma oportunidade para fazer esclarecimentos.

"Nós temos falhado na nossa comunicação, e agora é uma oportunidade, lá dentro do Congresso, que o ministro vai ter para explicar isso tudo", disse Mourão. Ao comentar as manifestações que ocorrem em todo o país contra cortes na educação, disse que é "normal" e "faz parte do sistema democrático". 

Enquanto isso, nos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro chamou manifestantes de "idiotas úteis" e "massa de manobra". "Desde que seja pacífica, ordeira e não limite o direito de ir e vir das outras pessoas, é uma forma que aqueles que se sentem inconformados têm de apresentar o seu protesto. Então, normal", avaliou o vice-presidente sobre os protestos.

Sobre as críticas ao bloqueio de recursos na educação, Mourão justificou que não se trata de corte, e sim de contingenciamento. Segundo ele, a medida ocorreu em todos os governos anteriores, com exceção do ex-presidente Michel Temer, que liberou o orçamento em fevereiro.

"Uma questão que está sendo muito pouco comentada é a dos restos a pagar, aquelas despesas que foram empenhadas em anos anteriores e que não foram liquidadas. O Ministério da Educação inscreveu e reinscreveu em 31 de dezembro do ano passado R$ 32 bilhões de restos a pagar. Comparem com o orçamento dele e vejam que é um peso grande. E já pagou R$ 7 bilhões disso aí, isso é financeiro que entrou esse ano. Isso impacta no momento onde nós estamos arrecadando pouco, por isso a necessidade do contingenciamento", justificou.


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