Mourão diz que CPI do MEC "não vai pra frente": "Todo mundo pensando em eleição"

Mourão diz que CPI do MEC "não vai pra frente": "Todo mundo pensando em eleição"

Vice afirma que prisão de ex-ministro não prejudica Bolsonaro na eleição e que presidente não tinha informação privilegiada na PF

R7

publicidade

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, declarou nesta segunda-feira que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar suspeita de corrupção e tráfico de influência dentro do Ministério da Educação (MEC) não deve andar. Para ele, a proximidade da eleição, que ocorre em outubro, é o principal fator para que a comissão não progrida.

“Acho complicado porque está todo mundo pensando em eleição. Mais aí três meses e tem a eleição. Então acho que falta tempo pra isso aí progredir. Acho também que não vai pra frente”, disse o vice.

Mourão também comentou que a prisão de Milton Ribeiro, ex-ministro da pasta, não deve ter influência negativa na campanha do presidente Jair Bolsonaro na disputa pela reeleição. Para ele, a decisão de se deter o ex-chefe do MEC pode não ter sido adequada.

“Eu julgo que não (vai prejudicar a campanha de Bolsonaro), até porque ela durou pouco tempo e foi algo, na minha visão, um tanto quanto apressada, uma decisão que talvez não fosse a melhor, colocar uma prisão preventiva aí, indícios fracos dos prováveis crimes. (Vamos) guardar o trabalho de investigação que está sendo feito pela Polícia Federal e pelo Ministério Público".

Mourão também disse não acreditar que Bolsonaro tenha obtido informação privilegiada dentro da PF para alertar Milton Ribeiro antes da operação que culminou com a prisão do ex-ministro. “Tanto o presidente como o ministro da Justiça já disseram terminantemente que isso não ocorreu. O ministro da Justiça já deixou muito claro que não tratou desse assunto, né? Então fico com a palavra dele”, disse.

“Se a tal pseudoligação foi no dia 9 (de junho), e dia 9 o presidente estava nos Estados Unidos, o ministro da Justiça estava lá e declarou que não tratou do assunto, então não tratou do assunto”, concluiu.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895