Mulher de Queiroz começa a usar tornozeleira eletrônica
Márcia e Queiroz foram alvo de mandados de prisão preventiva no dia 18 de junho
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A mulher de Fabrício Queiroz, Márcia Oliveira de Aguiar, colocou nesta sexta-feira, a tornozeleira eletrônica que vai monitorar sua prisão domiciliar. Foragida até a semana passada, ela precisou aguardar etapas burocráticas da Justiça para a instalação do equipamento.
Márcia passou cerca de 25 minutos na central da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), no centro do Rio, durante a manhã. Usava máscara de proteção e óculos escuros.
A intimação que lhe deu 24 horas para colocar o instrumento de fiscalização veio na quinta-feira do Tribunal de Justiça do Rio. Antes, na terça-feira passada, o Judiciário já havia expedido o mandado de prisão domiciliar, com base na decisão do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha, que concedeu ao casal o direito de permanecer em casa.
Assim como Queiroz, Márcia é alvo das investigações sobre esquema de "rachadinha" no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio. Ela é apontada como uma das funcionárias "fantasmas" que repassavam parte do salário para Flávio, que atualmente é senador pelo Republicanos. Queiroz seria o operador do esquema no gabinete de Flávio.
Márcia e Queiroz foram alvo de mandados de prisão preventiva no dia 18 de junho. O ex-assessor foi preso em Atibaia (SP) e ela se entregou à polícia no dia 10 de julho.
No início deste mês, o Estadão revelou mensagens contidas no celular de Márcia que mostram a relação da família de Queiroz com Frederick Wassef, ex-advogado de Flávio que escondeu o ex-assessor em Atibaia. O jornal noticiou a existência de uma caderneta com orientações de Queiroz a Márcia caso ele fosse preso - nela havia, por exemplo, contatos da família Bolsonaro.