"Não fica em pé por dois anos", diz deputado do PT sobre projeto para IPE Saúde

"Não fica em pé por dois anos", diz deputado do PT sobre projeto para IPE Saúde

Deputados petistas foram recebidos na Casa Civil e contestaram o primeiro desenho da proposta do governo

Felipe Nabinger

Bancada do PT foi recebida na Casa Civil nesta quinta-feira

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Deputados da bancada da federação do PT, que inicialmente havia ficado fora do ciclo de encontros com a Casa Civil sobre o IPE Saúde, foram recebidos na manhã desta quinta-feira pelo secretário Artur Lemos e o diretor presidente do instituto, Bruno Jatene, aproveitando que a projeção para a entrega do texto na Assembleia tenha ficado para depois do dia 15, quando o governador Eduardo Leite retorna de viagem a Nova Iorque.
 
Líder em exercício, enquanto Luiz Fernando Mainardi está em viagem a Cuba, o deputado estadual Miguel Rossetto, acompanhado por Pepe Vargas, Stela Farias e Laura Sito, representaram a bancada que, por conta da federação, integrada também pelo PCdoB, tem um total de 12 deputados, sendo a maior da Assembleia Legislativa. 

Um pleito dos deputados da oposição é quanto ao reajuste dos salários dos servidores alinhados à inflação. ​"Sem reajuste de salários e, consequentemente, de contribuições, esse plano não fica em pé dois anos por conta do custo de manutenção", disse Rossetto, após a reunião.

Alegando não haver ganho real há oito anos, os deputados creditam a esse arrocho, nos governos de Sartori, Leite e Ranolfo, a crise do IPE Saúde, pois impacta na contribuição dos servidores ao plano. A bancada defende ser necessário um reajuste de 32%, mas, em oito anos, a maioria das categorias teve apenas 6% de recomposição, frente a uma inflação de 61%.

Proposta fere princípios

No encontro, os deputados externaram que a proposta inicial do Executivo fere com os princípios da paridade e da solidariedade. "Não encontramos na proposta essas duas diretrizes", afirmou Rossetto. Para os petistas, não há paridade na tabela de mensalidade para os dependentes, enquanto a solidariedade pela tabela de referência basear-se por faixa etária, penalizando os servidores de menor remuneração e os servidores e dependentes de mais idade.

Para o deputado Rosseto, o primeiro desenho do plano é "insuportável" para o servidor. "Vamos aguardar o texto do projeto para ter uma opinião definitiva", disse. As outras 13 bancadas do Legislativo já haviam participado do ciclo de encontros com o governo.


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