No Senado, ex-ministro volta a negar crimes de Dilma

No Senado, ex-ministro volta a negar crimes de Dilma

Nelson Barbosa afirmou que as "pedaladas" não constituem operações de crédito

AE

Nelson Barbosa afirmou que as "pedaladas" não constituem operações de crédito

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O ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa afirmou no sábado, no terceiro dia de depoimentos do julgamento final do impeachment no Senado, que um parecer do Tesouro Nacional, sob o comando do presidente em exercício Michel Temer, atesta que as "pedaladas fiscais" de Dilma Rousseff não constituem operações de crédito.

"Se não é operação de crédito, não há o que se falar de crime de Responsabilidade Fiscal. Há um parecer do Tesouro Nacional, de 30 de maio de 2016, depois do afastamento da presidente Dilma Rousseff, que atesta que não é operação de crédito", afirmou Barbosa ouvido como testemunha de defesa.

Os atrasos no pagamento pelo governo ao Banco do Brasil como compensação à equalização dos juros de empréstimos agrícolas constituem um dos principais pontos do processo de impeachment. Barbosa admitiu que o atraso ao repasse do dinheiro à Caixa para o pagamento de benefícios sociais, como o Bolsa Família, poderia ser classificado com operação de crédito, mas a prática ocorreu em 2014 e não faz parte do processo.

O ex-ministro de Dilma reafirmou que os decretos editados, outro alvo do processo de afastamento de Dilma, não afetaram o cumprimento da meta fiscal de 2015. Segundo ele, os decretos presidenciais foram editados de forma legal, repetiram a prática dos 15 anos anteriores e não ampliaram os gastos do governo. "Em várias esferas municipais e estaduais a meta vem sendo descumprida sem protestos de deputados e senadores." Mea culpa Para o senador Aécio Neves (PSDB-MG), Barbosa não reconheceu os erros e não fez mea culpa sobre a atual situação econômica do País. Segundo o senador, desde 2013 foram feitos vários alertas de diversas instituições de que era necessária uma mudança no rumo da política econômica.

Após o depoimento de Nelson Barbosa, a sessão foi suspensa por uma horra. O próximo a depor será o professor de direito Ricardo Lodi.


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