“O ônus da prova é de quem acusa”, afirma Jairo Jorge sobre nome na lista de Fachin

“O ônus da prova é de quem acusa”, afirma Jairo Jorge sobre nome na lista de Fachin

Ex-prefeito de Canoas garante que não fez nenhuma obra rodoviária, como declarou o delator

Rádio Guaíba

Ex-prefeito de Canoas garante que não fez nenhuma obra rodoviária, como declarou o delator

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O ex-prefeito de Canoas, Jairo Jorge (PDT), declarou nesta quarta-feira ao programa Agora, da Rádio Guaíba, que todos os depósitos recebidos na última campanha da empreiteira Odebrecht foram feitos legalmente. Jorge ainda disse que “o ônus da prova é de quem acusa”, e que “a Justiça serve para punir os culpados, mas para impedir que inocentes sejam jogados na fogueira das denúncias e do denuncismo.”

Jairo Jorge aparece em lista divulgada pelo ministro Edson Fachin como um dos suspeitos de envolvimento em esquemas de corrupção envolvendo a empreiteira. Como não dispõe mais foro privilegiado, o político teve o processo encaminhado para a Justiça Federal do Rio Grande do Sul.

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Jairo Jorge afirmou que foi um dos primeiros políticos a divulgarem os valores recebidos legalmente pela empreiteira na campanha de 2012, quando a doação de empresas ainda era legal. Além disso, garantiu que a delação de Alexandrino Alencar menciona beneficiamento em obras rodoviárias, sendo que nenhum empreendimento do tipo foi realizado pela empreiteira em Canoas na época em que governou a cidade. Jairo Jorge também questionou o porquê de apenas o nome dele ter sido citado se outras candidaturas, de outras cidades, igualmente receberam doações da Odebrecht.

Ainda mencionou que “a Lava Jato é necessária” e que “as instituições estão fazendo seu trabalho corretamente”, mas que isso não significa que tenha cometido um ato ilegal. Também creditou a eventual motivação do nome dele na lista como parte do processo da delação, onde, “para atender todos os objetivos é preciso desfiar um conjunto de questões”.

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