Política

Oposição quer derrubar decreto que coloca gabinete de Lula a serviço de Janja

Planalto sustenta que o decreto do presidente assegurou transparência aos atos do governo e apenas consolida as normas relativas à atuação da primeira-dama

O "time" de Janja custava cerca de R$ 160 mil mensais em salários por mês
O "time" de Janja custava cerca de R$ 160 mil mensais em salários por mês Foto : EVARISTO SA / AFP / CP

O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), protocolou nesta segunda-feira, 13, um projeto para derrubar o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no final de agosto. O decreto autoriza o gabinete pessoal da Presidência da República a "apoiar" a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, cônjuge do Presidente da República "no exercício das atividades de interesse público".

Sóstenes argumenta que o decreto "cria uma estrutura financiada com dinheiro público para "atender" a primeira-dama que não tem cargo público, não foi eleita e só sabe gastar o dinheiro dos brasileiros".

"O decreto é imoral e irregular, feito apenas para promover a imagem de Janja e fortalecer o marketing do governo, e não para servir ao povo. É pra isso que o governo tenta criar um imposto novo a cada dia?", questionou o deputado na rede social X.

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O gabinete presidencial é chefiado por Marco Aurélio Ribeiro, conhecido como Marcola.

O Planalto sustenta que o decreto de Lula assegurou transparência aos atos do governo e apenas consolida as normas relativas à atuação da primeira-dama.

Como noticiou o Estadão em dezembro de 2024, o governo mantinha uma equipe de ao menos 12 pessoas à disposição de Janja. O grupo inclui assessora de imprensa, fotógrafos, especialistas em redes sociais e um militar como ajudante de ordens. O "time" de Janja custava cerca de R$ 160 mil mensais em salários por mês.