"Os poderes precisam se entender", diz presidente do TJRS
Manifestação foi feita durante avaliação das discussões do congelamento dos orçamentos no Estado
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O presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargador Voltaire de Lima Moraes, afirmou nesta quinta-feira que os poderes precisam se entender, ao ser questionado sobre as discussões envolvendo o congelamento dos orçamentos. A discussão teve início no ano passado, quando a Assembleia Legislativa aprovou o projeto do governador Eduardo Leite estabelecendo o congelamento, inclusive para o crescimento vegetativo da folha.
Em função das divergências, a discussão está no Supremo Tribunal Federal (STF). Inclusive, o presidente do TJ e o governador mantiveram conversa com o presidente da Corte, Dias Toffoli, no sentido de aguardar um possível desdobramento, em função da busca de entendimento entre os poderes. Lima Moraes, que tomou posse em 3 de fevereiro, adiantou que uma área técnica faz análises no momento.
Sobre a visão da sociedade sobre o Tribunal de Justiça, o presidente antecipou que será realizado o primeiro Fórum de Interlocução, no início de abril. A intenção é exatamente receber manifestações da sociedade, de sindicatos e federações sobre quais são as dificuldades de acesso ao poder Judiciário, entre outros pontos. "Precisamos saber conviver com a crítica", diz o presidente, lembrando ainda que a crítica pode ser a "luz que precisamos redirecionar para o bom caminho".
Ainda em relação ao Judiciário, recordou que, logo após a posse, houve a formação de uma grupo para discutir o plano de carreira e salário dos servidores, no sentido de valorização dos profissionais e também para dar conta da atual defasagem de pessoal.
Lima Moraes também avaliou o atual momento de "intolerância generalizada". Sobre as manifestações do presidente da República, Jair Bolsonaro, ele acrescentou ainda que "quem chefia um poder deve ter a tranquilidade e um vertente sólida em busca do entendimento." O presidente esteve acompanhado do presidente do Conselho de Comunicação do TJ, desembargador Antonio Vinicius Amaro da Silveira, e do assessor de imprensa da Presidência, Renato Sagrera.