Padilha admite que votação da denúncia contra Temer pode ficar para agosto

Padilha admite que votação da denúncia contra Temer pode ficar para agosto

Ministro da Casa Civil disse que problema de quórum é de quem quer receber a denúncia

Agência Brasil

Padilha admite que votação da denúncia contra Temer pode ficar para agosto

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O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, admitiu nesta quinta-feira, que a apreciação da denúncia de corrupção passiva contra o presidente Michel Temer pode ficar para agosto. "Pode ser agora, pode ser agosto, quem quer receber a denúncia é que tem que colocar o quórum", disse. "O problema de quórum não é nosso".

Há pouco, aliados do presidente admitiram no Congresso que não haverá quórum de 342 deputados em plenário para votar a denúncia nos próximos dias como era intenção inicial do presidente Temer, que dizia ser preciso virar essa página o mais rápido possível. "(Tínhamos a intenção de ser) O mais cedo possível e quem vai determinar isso é quem tem de colocar quórum e não somos nós", afirmou Padilha.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que assume a Presidência do País em caso de afastamento de Temer, vem sinalizando que concorda com o entendimento de que é preciso presença de 342 deputados na sessão para começar os trabalhos e ressaltou nos últimos dias que colocaria o tema em votação com pelo menos 450 presentes na Casa.

Segundo Padilha, essa é a posição pessoal do presidente Rodrigo Maia, que o governo tem que respeitar. "Nós temos de nos resignar com a posição dele, ele que comanda a pauta", afirmou. Questionado se não haveria por parte do Executivo uma tentativa ao menos de diálogo para tentar convencer Maia a rever a posição, Padilha afirmou que "possivelmente haverá".

O ministro da Casa Civil ressaltou ainda que o governo conta com uma "vitória magistral" para derrubar a denúncia na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Padilha negou ainda que o governo "ficará sangrando" até agosto caso a apreciação da denúncia seja mesmo adiada. "Estamos tendo vitórias. Ontem, tivemos a questão da titulação (de terras), a Reforma Trabalhista. O governo está trabalhando e vai continuar", afirmou.

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