Panamá denuncia 17 pessoas no caso Odebrecht

Panamá denuncia 17 pessoas no caso Odebrecht

Entre os acusados estão funcionários de "alta hierarquia" do governo, empresários e banco privado

AFP

Entre os acusados estão funcionários de "alta hierarquia" do governo, empresários e banco privado

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A Procuradoria do Panamá denunciou 17 pessoas no caso envolvendo o pagamento de subornos da construtora Odebrecht para obter contratos no país, informou na terça-feira a procuradora-geral, Kenia Porcell.

"Essas são as primeiras 17 pessoas que foram denunciadas conforme a informação que recebi na manhã de terça-feira por parte dos promotores anticorrupção", disse Porcell em coletiva de imprensa. A funcionária não revelou os nomes dessas pessoas, mas informou que inclui três ex-funcionários "de alta hierarquia" do governo, oito empresários panamenhos, cinco empresários de outras nacionalidades e um banco privado.

A imprensa panamenha informou que foram emitidas ordens de prisão contra dois filhos do ex-presidente Ricardo Martinelli - Ricardo e Luis Enrique - e um irmão, Ramón Martinelli, além do ex-ministro de Obras Públicas Pepe Suárez. Porcel espera que as pessoas apontadas pelas investigações, que também avançam na Suíça, comecem a se apresentar.

Segundo o jornal local La Prensa, a procuradoria federal da Suíça "identificou pelo menos três contas bancárias" no Panamá onde entre 2007 e 2010 "foram recebidos cerca de 59 milhões de dólares provenientes de bancos suíços cujos beneficiários eram sociedades controladas pela Odebrecht".

Os procuradores suíços também "acusaram formalmente" Luis Enrique e Ricardo Alberto Martinelli Linares. O ex-presidente Martinelli, que vive um exílio voluntário em Miami, é procurado pela Justiça panamenha por múltiplas denúncias de corrupção.

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