Para Cherini, título de música de Tonho Crocco “é extremamente agressivo”
Ex-presidente da Assembleia Legislativa explica representação no Ministério Público
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Cherini contou que o ofício foi gerado depois de pedidos de deputados, alguns citados na letra. “O titulo é extremamente agressivo, remete à Gangue da Praça Matriz, que matou um jovem. Se a música fosse verdadeira, haveria 24 criminosos na Assembleia, citados na letra”, completando que a representação não foi fruto de uma ofensa pessoal.
“Eu apenas fiz um ofício comunicando o Ministério Público que havia uma música (que citava os parlamentares). Eu não fui atingido por ela e nem havia interesse pessoal (na representação)”, afirmou. Cherini enfatizou que apenas cumpriu o dever enquanto presidente da Assembleia e a partir das denúncias que surgiram. “A gente colhe aquilo que planta: se você atingir a honra, será penalizado por isso. Não estou julgando (Tonho Crocco), mas falando hipoteticamente.”
O músico será julgado no dia 22 pelo Juizado Especial Criminal por ter gravado e divulgado a canção "Gangue da Matriz". A acusação é de crime contra a honra, com pena de até dois anos de prisão. Na produção, Crocco protesta contra o aumento de 73% que os deputados estaduais se autoconcederam em dezembro passado.
O músico publicou uma nota em sua página na qual defende-se da acusação. Nesta quarta, o assunto era um dos mais comentados no Twitter. "Tonho Crocco" e "euconcordocomtonhocrocco" estavam no Trend Topics.
Atual presidente discorda da decisão
O atual presidente da Casa, Adão Villaverde, enfatizou que a decisão não foi tomada no mandato dele e que discorda da representação protocolada por Cherini. “Se essa denúncia for atribuída à Assembleia Legislativa e assim for a interpretação da Justiça, eu não vacilarei em levar à Mesa (da Casa) a minha opinião para discussão”, disse.