Para secretário da Educação, só linha de crédito do Planalto garante 13º a professores

Para secretário da Educação, só linha de crédito do Planalto garante 13º a professores

Professores ligados ao Cpers ameaçam não divulgar notas ao fim do ano se não forem pagos

Vitória Famer / Rádio Guaíba

Alcoba aguarda resultado de reunião com Planalto na próxima semana

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Sem saber como fará para conciliar o pagamento do 13º salário aliado ao vencimento do mês de dezembro dos professores, o secretário estadual da Educação, Luiz Alcoba, acredita que somente o governo federal poderá amenizar a situação econômica enfrentada pelo Estado principalmente no que tange à área educacional. Em entrevista à Rádio Guaíba, Alcoba afirmou que na próxima terça-feira haverá um encontro de governadores com o Ministério da Fazenda para tratar de linhas de créditos que poderão ser disponibilizadas para os entes federados. É nesta possibilidade que a gestão de José Ivo Sartori, segundo Alcoba, acredita conseguir recursos para pagar o 13º dos professores.

“Tenho classificado como uma decisão equivocada e inoportuna, porque nós estamos no fim do ano letivo. E, na verdade, essa decisão, claro que ela desgasta o governo, mas ela prejudica diretamente os alunos e a comunidade escolar, porque, se for cumprido, se os professores entrarem em greve ou não entregarem as notas como foi decidido na assembleia geral, vai haver um prejuízo muito grande aos estudantes porque quem está concluindo o ensino médio não poderá se inscrever no curso superior ou no curso técnico”, comentou. “Mas nós acreditamos que os professores têm consciência por que passa o estado e não vão penalizar os alunos e a comunidade escolar com uma medida drástica dessa que causa prejuízo diretamente aos estudantes”, pontuou o secretário.

Na sexta-feira, os professores filiados ao Cpers Sindicato decidiram, em assembleia, que entrarão em greve caso o governo estadual não realize o pagamento do 13º salário até a data-limite prevista em lei, que é no dia 20 de dezembro.

Porém, apesar de afirmar que os professores prejudicariam alunos caso decidissem paralisar, ao ser questionado se o Estado também não se sente pressionado em dar respostas aos estudantes que ocupam instituições de ensino atualmente no Rio Grande do Sul também, Alcoba não respondeu especificamente a pergunta. Reiterou apenas que o ato de paralisação dos professores, caso se confirmasse, não mudaria a atual situação econômica do estado.

“É que essa medida por si só não põe recurso no caixa do estado. E nós estamos no fim do ano letivo. Eu classifico como equivocada e inoportuna por causa disso. Porque isso não vai ajudar em nada em resolver o problema financeiro do estado. Os cofres estão exauridos” afirmou Alboca.

Segundo a Secretaria Estadual de Educação, até o momento não há nenhuma reunião agendada com o Cpers Sindicato.

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