PDT admite sondagens de Sartori e descarta participação isolada de Vieira da Cunha

PDT admite sondagens de Sartori e descarta participação isolada de Vieira da Cunha

PTB, segunda maior bancada indefinida, afasta possibilidade de ser oposição

Gabriel Jacobsen / Rádio Guaíba

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Passadas três semanas da eleição vitoriosa de José Ivo Sartori (PMDB) ao governo do Estado, o presidente do PDT gaúcho admite que começaram as sondagens de “emissários” do futuro governador para que a sigla integre a base aliada. Segundo Pompeo de Mattos, a perspectiva para esta semana é de que ocorram conversas oficiais para tratar da possibilidade dos trabalhistas se unirem aos 19 partidos que já estão comprometidos com o governo Sartori.

O dirigente trabalhista também esclarece que não há qualquer chance do ex-candidato do PDT ao governo do Estado, deputado Vieira da Cunha, ser “liberado” para integrar sozinho a equipe de Sartori.

“Por hora o que existe são sondagens por emissários do governador e essas conversas tenho certeza que essa semana vão evoluir. Não há nenhum martelo batido. Na verdade, ninguém vai para secretaria de forma isolada. Ou o PDT vai para o governo como um todo, ou fica fora como um todo. O nome do Vieira (da Cunha) é uma espécie de joia da coroa. Em que pese o seu valor, seu prestígio, é importante dizer que o PDT vai como um time e não com um jogador”, explicou o presidente trabalhista.

O PDT integrou a base aliada dos últimos quatro governos do Estado. No fim do ano passado, a sigla definiu em convenção desembarcar da gestão Tarso Genro (PT) para lançar candidatura própria. Os trabalhistas terão a segunda maior bancada da Assembleia a partir de 2015, com oito deputados estaduais.

Na sequência dos partidos que estão indefinidos entre governo e oposição durante a gestão Sartori, aparece o PTB. Segundo o presidente estadual da sigla, Luiz Carlos Busato, o PTB não procurou nem foi procurado pelos futuros ocupantes do Piratini. Para Busato, até o momento só existe um caminho já definido: o de que a sigla não será oposição nos próximos quatro anos. Segundo Busato, não faz parte da característica do PTB se opor a nenhum governo.

“O PTB participou dos últimos três governos, mas isso não significa que a gente seja favorável a participar de todos os governo. O mérito do PTB participar de vários governos é ter uma bancada grande. A característica do PTB não é ser um partido de oposição, até por isso que a gente tem participado dos últimos governos. A nossa característica é um partido de gestores, nosso DNA não é de oposição, até porque a gente quer o bem do Rio Grande do Sul”, definiu Busato.

O PTB manterá na próxima legislatura o número de cinco deputados estaduais. Durante o governo Tarso, o PTB ocupou três secretarias: de Obras, do Trabalho e do Microcrédito. Entre as maiores bancadas que fizeram parte do governo Tarso, o PTB foi o único a permanecer até as eleições, enquanto PDT e PSB desembarcaram no fim de 2013.

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