PF indicia ex-ministro da Justiça e ex-diretor da PRF por impedir deslocamento de eleitores em 2022
Segundo as investigações, houve direcionamento de recursos humanos e materiais com o intuito de dificultar o trânsito de eleitores
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A Polícia Federal indiciou o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres por suspeita de que eles teriam usado a máquina pública para interferir na locomoção de eleitores do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022. As informações são do R7.
Segundo as investigações, integrantes da PRF teriam direcionado recursos humanos e materiais com o intuito de dificultar o trânsito de eleitores no segundo turno.
O indiciamento ocorreu com base no artigo 359-P do Código Penal, que define como crime a ação de “estringir, impedir ou dificultar, com emprego de violência física, sexual ou psicológica, o exercício de direitos políticos a qualquer pessoa em razão de seu sexo, raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”. A pena para quem comete o delito é prisão de três a seis anos e multa, além da pena correspondente à violência empregada na ação.
A PF também pediu ao STF mais tempo para fazer novas investigações e colher depoimentos para então apresentar o relatório final. Segundo o R7 apurou, outros quatro policiais federais cedidos ao Ministério da Justiça também foram indiciados pela corporação.