PGR denuncia nove pessoas por participarem de bloqueios das rodovias em 2022 após vitória de Lula
Nove pessoas suspeitas de envolvimento nos atos de interdição de rodovias federais após o segundo turno das eleições presidenciais de 2022 foram denunciadas

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira, nove pessoas suspeitas de envolvimento nos atos de interdição de rodovias federais após o segundo turno das eleições presidenciais de 2022. Na ocasião, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro bloquearam rodovias em todo o Brasil em protesto contra a derrota do candidato à reeleição presidencial.
O pedido foi protocolado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitando ao ministro e presidente do STF, Alexandre de Moraes, que os suspeitos se tornem réus para responderem às acusações de associação criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Os denunciados têm ligação com o grupo empresarial Bremer, incluindo Horst Bremer Junior e Lilian Bremer Vogelbacher, diretores da empresa. Segundo a denúncia, as provas indicam que participaram de bloqueios de rodovias em Santa Catarina em duas ocasiões: 30 de outubro e 7 de novembro de 2020.
Gonet alega que os empresários e funcionários "efetuaram a interdição da rodovia federal BR-470 em Rio do Sul/SC", utilizando blocos de concreto, toras de madeira e postes, além de portarem faixas com mensagens pedindo o fechamento do STF e intervenção militar. A PGR também afirma que os movimentos de bloqueio das rodovias estão ligados aos ataques golpistas de 8 de janeiro em Brasília.
A defesa dos acusados entende que a denúncia é um "passo natural" no estado democrático de direito e confia nas instituições estatais. Se a acusação for acatada, os advogados afirmam que, com a abertura do contraditório e da ampla defesa, a absolvição será o úni