PGR pede ao STF que priorize julgamento sobre proteção de menores em exploração sexual

PGR pede ao STF que priorize julgamento sobre proteção de menores em exploração sexual

Tema tem repercussão geral, ou seja, o que for decidido pelo Supremo deverá ser seguido pelos demais tribunais

R7

Tema tem repercussão geral, ou seja, o que for decidido pelo Supremo deverá ser seguido pelos demais tribunais

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma manifestação em que pede que a Corte coloque em pauta, com a maior brevidade possível, o julgamento de um recurso que pode ampliar a proteção de crianças em situação de exploração sexual.

O caso que originou a discussão ocorreu no Paraná. Um homem condenado por exploração sexual de adolescente teve a ordem de habeas corpus concedida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) sob o argumento de que era um “cliente ocasional”, apoiado justamente na tese atacada pelo Ministério Público Federal (MPF) da falta do requisito da habituabilidade.

O tema tem repercussão geral, ou seja, o que for decidido pelo Supremo deverá ser seguido pelos demais tribunais.

Na manifestação, o procurador-geral da República, Augusto Aras, diz que é evidente a natureza constitucional da discussão, uma vez que o tema está na Constituição, que assegura a proteção da família e do Estado, “com absoluta prioridade” a jovens, adolescentes e crianças.

500 mil vítimas

Os dados apresentados na manifestação mostram a posição do Brasil como o segundo país com mais casos de exploração sexual de crianças e adolescentes, com cerca de 500 mil vítimas por ano (destas, 75% meninas e negras). Os números se referem a um estudo feito pelo Observatório do Terceiro Setor.

“Esses dados justificam a necessidade de se conferir resposta jurídica eficaz e prioritária à exploração sexual, visando resguardar o melhor interesse da criança e do adolescente, dada a sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, com o fim de assegurar o princípio da proteção integral”, diz Aras.


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