PMDB lamenta "mais um ato de irresponsabilidade de Janot" em nota oficial

PMDB lamenta "mais um ato de irresponsabilidade de Janot" em nota oficial

Partido volta a questionar credibilidade de delações contra o presidente Temer

Correio do Povo

Partido volta a questionar credibilidade de delações contra o presidente Temer

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O PMDB divulgou nota oficial, nesta quinta-feira, após o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, fazer nova denúncia contra o presidente Michel Temer. No curto texto, o partido "lamenta mais um ato de irresponsabilidade" de Janot e também busca questionar a credibilidade das delações premiadas.

"Toda a sociedade tem acompanhado os atos nada republicanos das montagens dessas delações", enfatizou o PMDB. "A justiça e sociedade saberão identificar as reais motivações do procurador", acrescentou o partido, que questionou no STF a isenção de Janot para denunciar o presidente.

Rodrigo Janot, denunciou os integrantes do chamado “PMDB da Câmara” por organização criminosa. Os acusados são o presidente da República, Michel Temer; Eduardo Cunha, Henrique Alves, Geddel Vieira Lima, Rodrigo Loures, Eliseu Padilha e Moreira Franco. Temer, de acordo com a denúncia, é apontando como o chefe da organização criminosa que atua desde maio de 2016.

Segundo a denúncia, eles praticaram ações ilícitas em troca de propina por meio da utilização de diversos órgãos públicos, como Petrobras, Furnas, Caixa Econômica, Ministério da Integração Nacional e Câmara dos Deputados.

Também há imputação do crime de obstrução de justiça por causa dos pagamentos indevidos para evitar que Lúcio Funaro firmasse acordo de colaboração premiada. Neste sentido, Michel Temer é acusado de instigar Joesley Batista a pagar, por meio de Ricardo Saud, vantagens a Roberta Funaro, irmã de Lúcio Funaro. Os três são denunciados por embaraçar as investigações de infrações praticadas pela organização criminosa.

Apesar da tentativa, Lúcio Funaro firmou acordo de colaboração premiada com a Procuradoria-Geral da República, que foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal, e as informações prestadas constam da denúncia.

Janot explica na cota da denúncia que uma parte das provas foi obtida a partir dos acordos de colaboração firmados com Joesley Batista e Ricardo Saud, que sofreram rescisão por descumprimento das cláusulas, mas isso não limita a utilização das provas apresentadas.

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