Polícia suíça faz operação no HSBC e caso Petrobras é incluído no processo
Procurador do processo informou que as contas relativas à estatal também serão investigadas
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A acusação é de "lavagem de dinheiro agravado". O procurador do processo informou que as contas relativas ao caso Petrobras também serão investigadas. O processo foi liderado pelos procuradores Olivier Jornot e Yves Bertossa.
"Vamos fazer uma análise geral de todas as acusações existentes. Por enquanto, não quero me pronunciar sobre um ou outro caso, mas todos os que foram indicados nos documentos que chegaram à imprensa serão investigados", declarou Olivier Jornot.
O processo foi aberto depois que uma rede de jornais revelou que o banco havia ajudado 100 mil clientes de todo o mundo a abrir contas na Suíça e fugir do controle de seus países.
Depoimentos
A Justiça de Genebra indicou que deve chamar funcionários e banqueiros do HSBC a prestar depoimento nos próximos dias. Alguns deles são suspeitos de terem ajudado clientes a cometer "atos de lavagem" ou de ter participado desses crimes. O escândalo que ficou conhecido como Swissleaks expôs não apenas o HSBC, mas todo o sistema financeiro suíço que, por décadas, ajudou clientes de todo o mundo a trazer suas fortunas para Genebra e Zurique.
Com as revelações, as autoridades suíças passaram a ser questionada sobre seu silêncio diante das acusações. O banco HSBC, por exemplo, insiste que essas acusações "fazem parte do passado" e que a instituição passou por uma transformação desde 2007. Entre os clientes destacados pelas revelações estão criminosos, traficantes de drogas e armas, ditadores, nobrezas, cantores e esportistas.