Possível redução de restrições no RS depende de planos de fiscalização, avisa governo

Possível redução de restrições no RS depende de planos de fiscalização, avisa governo

Em reunião com a Famurs, Leite demonstrou preocupação com a proximidade do inverno

Correio do Povo

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Durante nova reunião com a Federação das Associações de Municípios (Famurs) e outros 27 representantes de associações regionais gaúchas, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, voltou a reforçar a importância da fiscalização dos protocolos elencados no Distanciamento Controlado. Conforme a administração estadual, qualquer redução nas restrições está diretamente ligada aos planos que devem ser elaborados por cada cidade do Estado. Até o fim da semana, o Gabinete de Crise irá analisar cada documento e eventuais alterações serão debatidas com outros prefeitos antes de serem oficializadas. 

Leite reforçou nesta segunda-feira que “ninguém gosta de manter as atividades fechadas”, mas que a proximidade do inverno precisa ser observada com cautela, já que representa um aumento da incidência de outras doenças respiratórias e pode impactar na ocupação hospitalar. Além disso, a administração estadual ainda não tem a data para a chegada de uma nova remessa de vacinas do Ministério da Saúde. 

“Queremos tratar sobre fiscalização para podermos dar o passo com segurança no sentido de relaxar algumas restrições, e essa é nossa vontade. O ponto objetivo é que, para darmos esse passo e permitirmos a retomada das atividades, com os necessários protocolos de distanciamento, se torna mais complexo fiscalizar. Uma coisa é fiscalizar porta fechada, a outra é ter de entrar no estabelecimento e ver se tem distanciamento, se o público máximo está sendo respeitado ou não, se estão todos usando máscara corretamente etc.”, destacou Leite. 

O governo do Estado destacou que ainda não tem data para receber uma nova remessa de vacinas do Ministério da Saúde. O último lote foi entregue na sexta-feira passada. 

Recursos 

No encontro, a secretária da Saúde, Arita Bergmann, lembrou que o governo irá disponbilizar R$ 4,4 milhões para que as prefeituras possam contratar novos fiscais. Um roteiro que pode auxiliar os municípios na estruturação da fiscalização foi apresentado. Os planos das cidades devem ser enviados até esta quinta-feira e somente com o documento atualizado o governo irá liberar a ajuda financeira. 

“Esse roteiro elaborado pela nossa equipe contém a base das normas técnicas da área de vigilância em saúde, especialmente da sanitária. O plano precisa ter muita clareza em determinar quem é e qual o tamanho da equipe de fiscalização, dentro do que cada município dispõe em termos de profissionais”, esclareceu Arita.“Já recebemos 323 planos, muitos bem formatados e bastante técnicos, mas alguns ainda carecem de um respaldo maior do ponto de vista da execução da fiscalização”, completou a secretária.

Educação como prioridade 

A nova secretária da Educação, Raquel Teixeira, também participou da reunião. Aos prefeitos, ela destacou que o retorno seguro às aulas presenciais é uma questão prioritária.

“As atividades presenciais retornarão apenas com a devida autorização por parte das autoridades sanitárias, de preferência com a priorização de professores no cronograma de imunização. Para que quando isso ocorra estejamos preparados, vamos executar tudo de forma adequada e transparente, dentro de todas as normas estabelecidas para a segurança de professores, estudantes e servidores, desde garantir os EPIs necessários até o acolhimento socioemocional”, afirmou Raquel.


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