Política

PP afasta Fufuca após ministro se recusar a sair do governo Lula

Comunicado reforça o posicionamento de oposição do partido ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva

PP anunciou afastamento do ministro do Esporte, André Fufuca, de todas as funções partidárias
PP anunciou afastamento do ministro do Esporte, André Fufuca, de todas as funções partidárias Foto : Ronaldo Caldas / MEsp / CP

O Progressistas (PP) anunciou nesta quarta-feira (8) o afastamento do ministro do Esporte, André Fufuca, de todas as funções partidárias. A decisão foi tomada em razão da escolha de Fufuca de permanecer no Ministério do Esporte, contrariando a orientação da Executiva Nacional da sigla.

Em nota assinada pelo presidente do partido, Ciro Nogueira, o PP informou que o ministro está "afastado de todas as decisões partidárias, bem como da vice-presidência do partido", e que ele perderá o comando da legenda no Maranhão. O comunicado reforça o posicionamento de oposição do partido ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva: "O partido reitera o posicionamento de que não faz e não fará parte do atual governo, com o qual não nutre qualquer identificação ideológica programática".

Desembarque partidário e declarações de Fufuca

O afastamento de Fufuca formaliza a crise política iniciada em setembro, quando o PP e o União Brasil anunciaram oficialmente o desembarque do governo e a entrega dos cargos ocupados na atual gestão. Ciro Nogueira havia dado um prazo para que Fufuca decidisse entre a permanência com Lula ou o acatamento da decisão partidária.

A resposta de Fufuca veio em um discurso contundente no dia 6, durante uma agenda de Lula em Imperatriz (MA). O ministro não apenas confirmou sua permanência, como também fez um endosso público à reeleição de Lula em 2026. Fufuca chegou a dizer que cometeu um erro ao apoiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022.

"O importante não é justificar o erro, o importante é evitar que ele se repita. Em 2022, eu cometi um erro. Agora, em 2026, pode ser que o meu corpo esteja amarrado, mas a minha alma, o meu coração e a minha força de vontade estarão livres para brigar e ajudar Luiz Inácio Lula da Silva a ser presidente do Brasil", afirmou o ministro.

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