PP induz o vice ao erro, diz presidente do PSDB em Porto Alegre

PP induz o vice ao erro, diz presidente do PSDB em Porto Alegre

Exonerações de integrantes progressistas do governo fez Gustavo Paim reagir contra Marchezan

Mauren Xavier

Barboza recorda que situação estava complicada há algum tempo

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O presidente municipal do PSDB e vereador de Porto Alegre, Moisés Barboza, manifestou-se na noite desta sexta-feira sobre as declarações do vice-prefeito Gustavo Paim e da executiva do PP sobre as exonerações do prefeito Nelson Marchezan Júnior de integrantes indicados pelos progressistas no governo. Segundo nota, ele diz que o PP de Porto Alegre induziu o vice ao erro. “Ninguém do gabinete do vice prefeito foi desligado. Isso foi combinado na quinta à tarde, entre o prefeito e o vice que seria tratado pessoalmente entre os dois, no retorno de Paim ao Brasil”, diz o documento. 

A nota ainda contextualiza os acontecimentos, dizendo que o Paim foi avisado no dia 4 de agosto, que, em função das atividades do PP, os “todos os progressistas iriam ser convidados a se retirarem do governo”. Na ocasião, o vice-prefeito teria concordado não haver argumentos para a permanência “diante de um partido que age como oposição, sem se importar sequer com o próprio vice-prefeito, que administra a cidade conjuntamente”. 

O presidente municipal recorda que a situação estava complicada há algum tempo, especialmente porque a bancada não apoiava o governo: “O PP municipal agiu em desrespeito ao regimento, à lei, à determinações judiciais, e validou, de forma velada ou aberta, através de seus vereadores, pedidos de impeachment e até abertura de CPIs, culminando com uma representação no Ministério Público”. Na nota, Barboza cita ainda outro impasse, envolvendo o fato de a presidente da Câmara dos Vereadores, Mônica Leal, não ter concedido acesso aos vídeos do dia 19 de agosto, quando o pedido de impeachment mais recente teria sido protocolado. 

“Todo o diálogo com o PSDB e com esse governo tem seus limites na lei, no interesse público e no bem comum. A lealdade também se limita a essas regras. Desleal e não republicano é ferir esses valores. Se o PP esperava algo além disso, está aí o motivo de se sentir traído”, encerra a nota. 


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