Prefeitos se reúnem com Dilma e entregam carta contra impeachment

Prefeitos se reúnem com Dilma e entregam carta contra impeachment

Momento ainda contou com a presença dos ministros Jaques Wagner e Ricardo Berzoini

AE

Seis prefeitos se reúnem com Dilma e entregam carta contra impeachment

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Seis prefeitos se encontraram com a presidente Dilma Rousseff, na tarde desta segunda-feira, para lhe entregarem uma carta de apoio ao seu mandato e repúdio ao impeachment. Ao total são 16 prefeitos que assinaram a carta, mas somente estiveram presentes: o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB); de Goiânia, Paulo Garcia (PT); Palmas, Carlos Enrique Franco Amastha (PSB); Macapá, Clécio Luis Vilhena Vieira (sem partido); Campo Grande, Alcides Bernal (PP) e Roberto Claudio Bezerra (PDT), de Fortaleza.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), pré-candidato à reeleição, assinou o manifesto, mas não participa da reunião, pois cumpria agenda na capital paulista. O momento ainda contou com a presença dos ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo).

O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), informou que o documento foi formatado por ele e pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes. "Não podemos conviver com a instabilidade política. O reflexo desse período instável é sentido diretamente na sociedade", disse, em nota. Garcia citou ainda que é preciso acabar com "processos conturbados e manipulados por quem, inclusive, tem processo na Comissão de Ética". A referência foi dirigida ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), responsável por acatar o pedido de impeachment no dia 2 de dezembro.

Dia no Alvorada

Depois de reclamações da oposição sobre o fato da presidente usar o Palácio do Planalto para promover eventos e reuniões para traçar estratégias e se defender do impeachment, Dilma optou, nesta segunda-feira, por trabalhar no Palácio da Alvorada. Mais cedo, ela recebeu os ministros Helder Barbalho (PMDB-PA), da Secretaria de Portos, e Nelson Barbosa, do Planejamento.

Dilma completa 68 anos nesta segunda-feira e, em meio ao processo de impeachment, vai manter uma agenda normal durante o dia. A semana é tida como crucial pelo governo, já que na quarta-feira, está previsto o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que deve definir o rito do impeachment. Pela manhã, a presidente comandou a reunião de coordenação política da sua residência oficial. À tarde, recebeu o governador do Amapá, Waldez Góes (PDT).

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