Prefeitura de Porto Alegre disponibiliza mais de mil espaços públicos para concessões

Prefeitura de Porto Alegre disponibiliza mais de mil espaços públicos para concessões

Projeto de lei prevê acesso livre, mas com possibilidade de espaços e serviços pagos

Henrique Massaro

Praça da Matriz é um dos locais que pode ser cedido para a iniciativa privada

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Mais de mil espaços públicos de Porto Alegre podem ser disponibilizados para concessão e adoção da iniciativa privada. É o que pretende a prefeitura com dois projetos de lei apresentados nesta segunda-feira: Concessão de Praças e Parques Urbanos, que engloba 637 praças e nove parques urbanos; e Adoção de Equipamentos Públicos e Verdes Complementares, que soma 400 espaços como rotatórias e canteiros centrais espalhados pela cidade.

As medidas foram enviadas à Câmara na sexta-feira passada e a expectativa do Executivo é de que sejam apreciados ainda em 2018. As principais necessidades de concessão e adoção, de acordo com a prefeitura, além das praças como um todo, envolvem o restante do Parque da Orla do Guaíba e o Parque Harmonia, que é tido pelo Executivo como um grande espaço e que só é, de fato, aproveitado durante o Acampamento Farroupilha.

Como contrapartida, as empresas interessadas poderão fazer uso dos locais para atividades, além de instalação de identificação do adotante. A regulação e fiscalização será feita pelos órgãos competentes. Dificuldades de manutenção, escassez de poucos serviços proporcionados aos cidadãos e limitações naturais dos processos de adoção já existentes para praças da Capital foram alguns dos motivos citados pelo secretário de Parcerias Estratégicas, Bruno Vanuzzi, ao falar sobre a importância do projeto de Concessão.

De acordo com ele, o PL garantirá que o livre acesso e a circulação da população nos parques e praças sejam garantidos, mas, dentro dos locais, poderá haver espaços e serviços pagos. O secretário municipal de Meio Ambiente, Maurício Fernandes, todos os locais podem receber investimentos e ofertas de serviços, mas 100 já foram mapeados e são considerados de alto e médio potencial de interessados. Com relação à adoção de verdes complementares, o secretário de Serviços Urbanos, Ramiro Rosário, explicou que o projeto de lei é uma medida mais completa do que o decreto que havia assinado em março deste ano.

Atualmente, segundo ele, 11 dos 400 espaços disponíveis na Capital já estão com os processos de adoção encaminhados. A prefeitura tem como prioridade pontos como a avenida Ipiranga, a avenida Severo Dullius – nas imediações do Aeroporto Salgado Filho -, e o Largo Edgar Koetz, próximo a Rodoviária.

“Com relação à adoção, nós temos agora a possibilidade de pessoas físicas fazerem a adoção, o que não era permitido antes. Nós ampliamos o leque. Hoje, nós temos a possibilidade de adoção de praças e verdes complementares. Agora queremos buscar investimentos em fachadas de prédios públicos, monumentos, passarelas, pontes, viadutos, ciclovias e outros equipamentos que até hoje não tinham nenhuma legislação de forma detalhada a possibilidade de adoção”, destacou.

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