Prefeitura de SP registra boletim de ocorrência após vacinação de Bolsonaro aparecer em sistema

Prefeitura de SP registra boletim de ocorrência após vacinação de Bolsonaro aparecer em sistema

PF investiga possíveis adulterações nos documentos do ex-presidente, da ex-primeira-dama e da filha mais nova do casal

R7

Para o presidente, o placar com de 229 favoráveis e 218 contra são prova da desconfiança sobre o sistema

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A Prefeitura de São Paulo registrou um boletim de ocorrência por falsidade ideológica, em 9 de janeiro, após constar no sistema de saúde que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tomou uma dose de vacina contra Covid-19 na UBS (Unidade Básica de Saúde) Parque Peruche, na zona norte da capital. A informação foi divulgada pelo G1, e confirmada pelo R7.

De acordo com o registro no Vacivida, sistema online de controle de vacinação do governo estadual, em 19 de julho de 2021, Bolsonaro teria recebido uma dose da Janssen, que foi validada pelo Ministério da Saúde. O CPF utilizado no cadastramento, de fato, também pertence ao político. Na época, o certificado de vacinação pelo sistema Conect SUS foi emitido. O processo ocorre de forma automática.  

Entretanto, segundo o boletim de ocorrência que a reportagem teve acesso, "foi feito o rastreamento do lote e verificado que o município de São Paulo não recebeu o lote acima mencionado e a profissional registrada como suposta vacinadora nunca trabalhou na referida unidade de saúde". A prefeitura também alega que nunca realizou o atendimento do ex-presidente. 

Procurada, a assessoria de imprensa do ex-presidente não retornou até a publicação da reportagem. Nesta quarta-feira, Bolsonaro afirmou que não existe adulteração por parte dele no documento de vacinação e reforçou não ter tomado o imunizante por "decisão pessoal".

A casa do ex-presidente foi alvo da Polícia Federal durante operação para investigar a atuação de uma associação criminosa que inseria dados falsos de vacinação nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde. A PF também apura possíveis adulterações nos documentos da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, da filha mais nova do casal, Laura, do deputado federal Guttemberg Reis (MDB-RJ), do tenente-coronel Mauro Cid e da filha dele.


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