Presidência nega "investigação paralela" sobre voo 447

Ao contrário do informado pela associação dos familiares das vítimas do voo 447, a Presidência da República informou que o governo brasileiro não vai fazer uma investigação paralela do acidente da Air France, ocorrido em maio de 2009. Segundo a Presidência, o governo colocou-se à disposição para dar "suporte" aos familiares.

O presidente da associação, Nelson Lima, havia dito antes que "a presidente entendeu, tomou as providências cabíveis e vai designar o Cenipa, que agora vai investigar". De acordo com a Presidência, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) já acompanha as investigações em andamento.

Segundo a Presidência, o Cenipa vai participar de reunião com integrantes do Ministério da Ciência e da Tecnologia e do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), para fazer uma "leitura técnica" dos documentos da investigação.

O presidente da associação dos familiares reuniu-se durante uma hora com a presidente Dilma e com o brigadeiro Carlos Alberto da Conceição, chefe do Cenipa, no Palácio do Planalto. "O ultimo relatório preliminar (feito pelo BEA, escritório francês de investigação) culpou os pilotos, que nada tinham a ver. Esperamos a verdade. Tenho certeza que o governo francês, que é dono tanto da Airbus quanto da Air France, está apenas preservando o emprego dos franceses", criticou Nelson.