Projeto de reajuste do IPTU de Porto Alegre deve sair do regime de urgência

Projeto de reajuste do IPTU de Porto Alegre deve sair do regime de urgência

Vereadores da comissão quer garantir maior transparência ao texto

Henrique Massaro

Comissão Especial do IPTU de Porto Alegre crê que projeto sairá do regime de urgência

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Vereadores integrantes da Comissão Especial do IPTU de Porto Alegre acreditam que o projeto de lei que trata do reajuste da planta de valores dos imóveis da cidade saia do regime de urgência na Câmara. O principal motivo seria garantir maior transparência ao texto que altera os valores do imposto, já que ainda não foi publicizado pela Prefeitura as alterações que cada cidadão sofreria.

Detalhes sobre a revisão da planta foram apresentados nesta segunda-feira pelo secretário municipal da Fazenda, Leonardo Busatto, e pelo superintendente da Receita Municipal, Teddy Biassusi. Um dos principais pontos mostrados na apresentação diz respeito ao valor venal dos imóveis, que hoje representam, em média, apenas 31% do seu valor real na Capital.

Com a revisão, esse valor médio passaria para cerca de 68%, o que não necessariamente representaria um valor de IPTU mais caro. Isso porque a alíquota cobrada varia de 0,40% até 0,85% entre sete faixas diferentes divididas desde imóveis a partir de R$ 60 mil até os acima de R$ 3 milhões.

Há, ainda, uma oitava faixa, dos imóveis de até R$ 60 e que estão isentos do pagamento do imposto. No caso de quem precisar pagar mais, os aumentos podem não ser feitos todos de uma só vez. Isso porque o projeto prevê um teto de 30% a mais no pagamento de IPTU nos quatro primeiros anos.

Até 2022, há também uma redução de 25% do imposto para quem é proprietário de imóveis no Centro Histórico, com o objetivo de se ter uma valorização dessa região da cidade. Os detalhes foram apresentados pelo secretário e pelo superintende através de uma tabela, que considerava valores de imóvel e IPTU e simulava os novos valores de acordo com o projeto de lei.

O vereador Mauro Zacher (PDT) foi um dos principais críticos da apresentação. De acordo com ele, a sociedade ainda carece de uma transparência maior por parte da Prefeitura. Para o parlamentar, que chegou a dizer que aprovar o projeto seria “assinar um cheque em branco”, o Executivo deveria publicizar para os proprietários qual os valores venais de seus imóveis, já que os 68% representam apenas uma média da cidade.

André Carús (MDB), não foi crítico como o colega, mas disse que retirar o texto do regime de urgência seria uma forma de garantir um processo mais transparente. Busatto, por sua vez, defendeu que a discussão sobre a revisão da planta é importante para garantir justiça tributária, que deve ser analisada no todo e não de forma individualizada, com cada cidadão pensando apenas na alteração do seu IPTU.

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