Proporcionalidade de vagas para CPMI dos atos extremistas só deve ser decidida na sexta, diz Pacheco

Proporcionalidade de vagas para CPMI dos atos extremistas só deve ser decidida na sexta, diz Pacheco

O líder da oposição, Rogério Marinho (PL-RN), aguarda a resposta para definir quem ocupará as cadeiras na comissão

R7

Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado que participou de reunião nesta quarta

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A resposta à questão de ordem sobre a proporcionalidade de vagas para a comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) dos atos extremistas deve ser definida na sexta-feira, 5, informou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Durante a reunião de líderes desta quinta-feira, 4, o tema ficou fora das prioridades. A oposição no Senado aguarda a definição para saber se terá direito a duas ou três cadeiras na CPMI.

A questão de ordem foi um pedido do líder da oposição, Rogério Marinho (PL-RN), após o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), migrar de bloco como uma estratégia para garantir mais uma cadeira para o governo no comitê. Marinho contesta a estratégia e sustenta que o cálculo deve considerar configurações firmadas até 15 de fevereiro.

"Como eu vou fazer uma indicação se eu não sei o que nos cabe nessa divisão", disse Marinho ao R7, sinalizando que não haveria uma definição até que Pacheco resolvesse a questão de ordem. No caso de uma resposta negativa do presidente, a oposição já articula uma reação. "A gente pode recorrer", disse o senador.

Esta possibilidade de acionar o poder judiciário ou articular outra forma de questionar a decisão de Pacheco atrasaria ainda mais o processo de instalação. Para a base do governo, a demora não é um problema, já que a pressão para a abertura da CPMI vinha da oposição, que quer usar os trabalhos para investigar a suposta omissão do Executivo Federal em impedir as invasões aos prédios da Esplanada.

Com a operação da Polícia Federal incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas investigações sobre fraudes nos certificados de vacinação contra a Covid-19, a oposição teme um desgaste ainda maior de Bolsonaro e, apesar de não retirarem o apoio à CPMI, o tema esfriou. Com isso, expectativa é que a instalação só ocorra nas próximas semanas. A sinalização anterior era para que os trabalhos começassem logo após o feriado de 1º de maio.

Atos extremistas

No dia 8 de janeiro, extremistas furaram bloqueio da Polícia Militar do Distrito Federal e invadiram os prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF). Vídeos publicados nas redes sociais mostram o momento em que o grupo subiu a rampa do Congresso Nacional e invadiu a parte superior, onde ficam as cúpulas do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, além do Salão Verde, localizado dentro do edifício.

Depois, o grupo invadiu o Palácio do Planalto, sede da Presidência da República, local onde o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), despacha, em Brasília. O petista não estava na capital federal, já que visitava Araraquara, no interior paulista, após os estragos causados pelas chuvas no município.

Manifestantes invadiram, ainda, o edifício do STF. No local, vidros foram quebrados, e objetos, destruídos nas dependências da Corte. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram que a porta que o ministro Alexandre de Moraes utiliza para guardar a toga foi arrancada.


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