PT do RS decide manter Sgarbossa fora do partido

O vereador de Porto Alegre Marcelo Sgarbossa (sem partido) sofreu nova derrota na tentativa de reingressar no PT, movimento necessário para garantir-se com mandato sem necessidade de judicializar o posto.

A executiva estadual petista rejeitou nesta segunda-feira recurso apresentado por Sgarbossa, buscando impugnar decisão da direção municipal da sigla, que já havia confirmado no mês passado impugnação definida em janeiro.

Depois de ouvir o vereador, a decisão de endossar o que havia sido deferido em âmbito municipal foi unânime, por 18 votos a zero, conforme nota emitida pela legenda, em que considerou "o cumprimento de todos os procedimentos estatutários". Sgarbossa ainda poderá recorrer da decisão, levando a questão para a executiva nacional do PT. 

Sgarbossa, eleito suplente de vereador em Porto Alegre em 2020, migrou para o PV em fevereiro de 2022. A troca, segundo ele, ocorreu a pedido de lideranças petistas. Após a saída de Laura Sito (PT) e Leonel Radde (PT) em fevereiro deste ano, eleitos deputados estaduais, ele assumiu como titular.

Como o mandato pertence ao partido, caso ele não consiga retornar ao PT, a sigla pode recorrer à Justiça Eleitoral para reaver a vaga. O próximo suplente a assumir seria Adeli Sell.

O que diz o vereador

"Recebi a decisão lamentando que executiva não tenha analisado com a devida prudência os fatos dos últimos dias", afirmou Sgarbossa. Ele atribui que um episódio ocorrido no último dia 15, nos corredores da Câmara de Vereadores da Capital, tenha sido determinante.

Na ocasião, o vereador se envolveu em uma discussão com militantes do próprio PT. Conforme Sgarbossa, "as coisas se misturaram" e antes do episódio havia, em sua visão, um clima favorável a sua refiliação.

Sgarbossa garante que vai recorrer da decisão, agora junto ao diretório nacional do PT. "Vou fazer o recurso e esgotar todas as instâncias", afirmou.