PTB negociará com a base após eleições de 2016

PTB negociará com a base após eleições de 2016

Aproximação de emissários de Sartori com os petebistas intensificou-se no mês passado

Luiz Sérgio Dibe

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O PTB gaúcho discutirá a possibilidade de ingresso no governo de José Ivo Sartori (PMDB) somente depois das eleições municipais de 2016. Dirigentes e parlamentares estaduais petebistas têm sido alvo de assédio por parte de integrantes da base e do partido do governador. O governo deseja ampliar sua capacidade de apoio a medidas de ajuste, muitas das quais são consideradas amargas para a sociedade e publicidade ruim para os deputados.

Para o presidente do PTB gaúcho, deputado federal Luiz Carlos Busato, o ingresso na base não é interessante. “Vemos um cenário favorável ao nosso crescimento eleitoral, viabilizando candidaturas para prefeituras importantes. O PTB só discutirá entrar no governo depois das eleições”, define o dirigente.

Busato também considera que a pauta de projetos do governador é uma pauta difícil. “É uma pauta com foco exclusivo em cortes. Acreditamos que isso não basta. É preciso ter foco no desenvolvimento, mesmo em ambiente de crise. O governador precisa enfrentar isso”, analisa.

A aproximação de emissários de Sartori com os petebistas intensificou-se no mês passado, depois que o governo aprovou, com dificuldade, após cinco fracassos, o projeto de rebaixamento do limite das requisições de pequeno valor (RPVs). Na última terça-feira, líder do governo, Alexandre Postal (PMDB), e o presidente do PMDB, Ibsen Pinheiro, tiveram reunião com a bancada do PTB. Após o encontro, Postal admitiu o interesse na parceria. “PTB e PMDB trabalharam juntos em outros governos e repetir isso nunca foi descartado por nós.”

Representantes de ambos os partidos negaram que uma proposta de ingresso na base tenha sido formalizada. Nos bastidores, pessoas ligadas ao PTB dizem que há crítica ao modelo de atuação do governador. “Sartori precisa melhorar muito sua comunicação e também atender melhor as pessoas, dar uma resposta às demandas”, revela um assessor parlamentar do PTB.

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