PTB vê com naturalidade saída de prefeitos e busca lideranças no RS

PTB vê com naturalidade saída de prefeitos e busca lideranças no RS

Presidente da sigla no Estado, Elizandro Sabino fala em nomes que podem surpreender após fusão com Patriota

Felipe Nabinger

Deputado estadual Elizandro Sabino é o presidente estadual do PTB

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Enquanto aguarda homologação do Tribunal Superior Eleitoral da fusão com o Patriota, o PTB segue em processo de reconstrução no RS. Faltando um ano e meio para o pleito municipal, prefeitos, vices e vereadores devem seguir anunciando desfiliação. “Vejo com muita naturalidade. É parte do processo de reconstrução do partido. Da mesma forma como voluntariamente alguns estão saindo, nós vamos, por decisão da executiva, tomar atitudes quanto a alguns nomes que não queremos em nossa agremiação partidária”, analisa o presidente do PTB no RS, o deputado estadual Elizandro Sabino.

Ele é o único representante da legenda na Assembleia, enquanto que na legislatura anterior o partido fez cinco cadeiras. Sabino diz que o momento é de “reconstrução e de oportunidades” no RS dentro do futuro partido, que se chamará Mais Brasil ou Partido Renovação Democrática (PRD) e projeta o ingresso de lideranças que podem “surpreender”.

Sob relatoria da ministra Cármen Lúcia, dirigentes dos dois partidos - PTB e Patriota - aguardam a homologação da fusão para os próximos dias. Independente do nome a ser adotado, Sabino afirma que o partido terá ideais cristãos, conservadores e de direita. “O novo partido vem com essa mesma visão. O estatuto, o regimento, traz questões contra o aborto e em defesa da livre iniciativa. Essa visão da família são pontos que permanecem de forma indelével no novo partido.”

A nova sigla não terá Roberto Jefferson em seus quadros, conforme consta no próprio processo de fusão que tramita no TSE. Sabino entende que no âmbito político não “se destrói pontes” e que Jefferson cometera “alguns excessos”. 

Divaldo e lideranças no interior

Prefeito de Bagé, Divaldo Lara, que está inelegível pelo mesmo processo que cassou o mandato do irmão e ex-deputado estadual Luiz Augusto Lara, mas segue com mandato, seguirá no novo partido. No comando da maior cidade gaúcha que tem o PTB à frente, Lara credita a Roberto Jefferson a instabilidade partidária. “O partido passou por um momento de vulnerabilidade causada pelo ex-presidente da sigla. Acabou imputando um prejuízo político muito grande. Por outro lado estamos nos renovando”, relata. 

Lara se coloca como um auxiliar de Sabino na construção de novas lideranças partidárias. O prefeito é irmão de Luiz Augusto Lara e da deputada estadual Adriana Lara (PL), que assumiu mandato após eleita em 2022. Adriana foi filiada ao PTB, partido pelo qual concorreu à prefeitura de Bagé em 2012 e ao cargo de vereadora em 2004.


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