Quase cinco por cento do Bolsa Família pagos no RS são suspeitos de irregularidades

Segundo o Raio-X Bolsa Família, projeto de iniciativa do Ministério Público Federal, realizado entre 2013 a maio de 2016, 4,72% dos benefícios pagos no Rio Grande do Sul são suspeitos de irregularidades. Do total de R$ 2,49 bilhões pagos no Estado para 729.268 beneficiários, R$ 125 mil (5,04% do valor total) foram destinados a perfis suspeitos, o que coloca o RS na quinta colocação entre os entes da federação.

Empresários, cujo nome do beneficiário aparece vinculado a um CPF, são 70,85%, 25.886, dos perfis que serão visitados para ter a comprovação de que tem direito a Bolsa Família. Eles receberam R$ 97.321.18, 72,87% do valor total. Servidores públicos, com clã familiar de até quatro pessoas, somam 26, 02%, 9.507. Estes teriam recebido R$ 27.045.260, com 20,25% do valor total.



Porto Alegre é a sexta capital com o maior número de casos, atrás de Palmas, do Tocantins, primeiro lugar com 9,19%, Boa Vista, em Roraima, João Pessoa, em Paraíba, Vitória, no Espírito Santo, Brasília, no Distrito Federal, e Cuiabá, no Mato Grosso do Sul. Já Imbé, no Litoral Norte do Estado, é o segundo município com maiores percentuais de recursos pagos a perfis supeitos com 23,07%. Rio da Conceição, em Tocantis, é a primeira com 26,48%. A lista gaúcha aponta Harmonia na segunda colocação com 17,45% e Balneário Pinhal com 13,76.





Apesar dos números, o Rio Grande do Sul é o ente federativo com maior número de municípios para os quais não foram detectados indícios de irregularidade, com 21 na lista, seguido de Santa Catarina, com seis, São Paulo, com dois e Minas Gerais, com um.