Queiroga: "Toda vez que houver denúncia incendiária, eu exonero"

Queiroga: "Toda vez que houver denúncia incendiária, eu exonero"

Ministro da Saúde demitiu diretor de Imunizações da pasta que foi acusado dar aval para reverendo negociar vacinas da Astrazeneca

R7

Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que irá exonerar servidores quando "houver denúncia incendiária"

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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, comentou na manhã desta quinta-feira a demissão do veterinário Laurício Monteiro Cruz do cargo de diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância da pasta. Segundo o cardiologista, a demissão se justifica porque há "elementos incendiários".

"Toda vez que houver denúncias que possam conter elementos indiciários, eu exonero. A régua é uma só. Tenho uma determinada do presidente, e eu tenho poder para exonerar ou nomear", afirmou.

Cruz é apontado como a pessoa responsável por dar o aval para que o reverendo Amilton Gomes de Paula, fundador da ONG Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), negociasse doses de vacinas da Astrazeneca. O caso teve origem na CPI da Covid. A demissão foi publicada hoje no Diário Oficial da União, mas está assinada pelo ministro da casa-civil, Luiz Eduardo Ramos.

O nome de Cruz foi citado no depoimento do representante comercial da empresa Davati Medical Supply, Luiz Paulo Dominguetti Pereira. Ele seria um dos nomes ligados ao Ministério da Saúde que receberam oficialmente a proposta da companhia para a compra de doses de vacinas contra a Covid-19.

De acordo com Dominguetti, a proposta foi feita em um restaurante de Brasília. Na ocasião, Roberto Ferreira Dias, então funcionário do Ministério da Saúde, exigiu a inclusão de US$ 1 no valor de cada dose de vacina comprada de um lote com 400 milhões de doses da AstraZeneca. O adicional seria uma propina.

Queiroga afirmou ainda que ainda não tem o novo nome para o Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis.

Polêmicas

Durante os 11 meses que permaneceu no Ministério da Saúde, Cruz foi responsável pelo ofício que incluiu a categoria de médicos veterinários, técnicos e auxiliares como grupo de acesso prioritário à imunização contra a Covid-19. O texto foi publicado em janeiro, momento em que a imunização dava os primeiros passos no Brasil.O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, comentou na manhã desta quinta-feira (8) a demissão do veterinário Laurício Monteiro Cruz do cargo de diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância da pasta. Segundo o cardiologista, a demissão se justifica porque há "elementos incendiários".

"Toda vez que houver denúncias que possam conter elementos indiciários, eu exonero. A régua é uma só. Tenho uma determinada do presidente, e eu tenho poder para exonerar ou nomear", afirmou.

Cruz é apontado como a pessoa responsável por dar o aval para que o reverendo Amilton Gomes de Paula, fundador da ONG Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), negociasse doses de vacinas da Astrazeneca. O caso teve origem na CPI da Covid.

A demissão foi publicada hoje no Diário Oficial da União, mas está assinada pelo ministro da casa-civil, Luiz Eduardo Ramos.

O nome de Cruz foi citado no depoimento do representante comercial da empresa Davati Medical Supply, Luiz Paulo Dominguetti Pereira. Ele seria um dos nomes ligados ao Ministério da Saúde que receberam oficialmente a proposta da companhia para a compra de doses de vacinas contra a Covid-19.

De acordo com Dominguetti, a proposta foi feita em um restaurante de Brasília. Na ocasião, Roberto Ferreira Dias, então funcionário do Ministério da Saúde, exigiu a inclusão de US$ 1 no valor de cada dose de vacina comprada de um lote com 400 milhões de doses da AstraZeneca. O adicional seria uma propina.

Queiroga afirmou ainda que ainda não tem o novo nome para o Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis.

Polêmicas

Durante os 11 meses que permaneceu no Ministério da Saúde, Cruz foi responsável pelo ofício que incluiu a categoria de médicos veterinários, técnicos e auxiliares como grupo de acesso prioritário à imunização contra a Covid-19. O texto foi publicado em janeiro, momento em que a imunização dava os primeiros passos no Brasil.


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