"Questão Cristiane se tornou uma afronta às prerrogativas presidenciais", diz Marun

"Questão Cristiane se tornou uma afronta às prerrogativas presidenciais", diz Marun

Ministro da Secretaria de Governo diz que decisão de Temer é continuar brigando na Justiça para fazer valer seus direitos

AE

Ministro da Secretaria de Governo diz que decisão de Temer é continuar brigando na Justiça para fazer valer seus direitos

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O governo do presidente Michel Temer entende que o imbróglio sobre a nomeação da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) para o ministério do Trabalho, que tem sofrido sucessivo revezes na Justiça, deixou de ser apenas uma questão de nomes e se tornou uma afronta às prerrogativas presidenciais, afirmou nesta terça-feira o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (PMDB-MS).

"Entendo que estão em discussão agora aspectos até mais importantes, que são as prerrogativas constitucionais do presidente da República, a necessária independência e harmonia entre os poderes. A decisão do governo é continuar debatendo isso na Justiça até que o bom senso volte a prevalecer. A escolha e exoneração de ministros é prerrogativa privativa do presidente da República", sublinhou.

Questionado sobre boatos de que o PTB já estaria trabalhando com uma possível substituição da indicação de Cristiane Brasil, Marun disse que respeita a decisão do partido, mas que a decisão de Temer é continuar brigando na Justiça para fazer valer esses direitos. "O governo respeita o pensamento do PTB, mas tem a decisão tomada de continuar buscando na Justiça aquilo que entendemos que é juridicamente correto, a autorização para a posse da ministra já nomeada pelo presidente".

Nesta segunda-feira o juiz federal Vladimir Vitovsky negou mais um recurso do governo federal e manteve a suspensão da posse de Cristiane no Trabalho. A Advocacia-Geral da União (AGU) analisa os efeitos da decisão para definir a estratégia jurídica a ser adotada no caso. Depois deste novo impedimento, havia expectativa de o governo recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Eletrobras


Na coletiva que concedeu na Fiesp após almoçar com lideranças empresariais, Marun também negou que o governo cogite a possibilidade de adiar a privatização da Eletrobras para 2019. "Não tenho conhecimento de que o governo cogite alterar os planos para a Eletrobras", afirmou.

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