Receitas federais somam mais de R$ 137 bilhões em julho

Receitas federais somam mais de R$ 137 bilhões em julho

No Rio Grande do Sul, a arrecadação federal totalizou R$ 6,2 bilhões entre impostos e contribuições

Correio do Povo

O crescimento real comparado ao mesmo mês de 2018 chegou a 2,95%

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A arrecadação das receitas federais somou R$ 137,735 bilhões, em julho de 2019, informou nesta quinta-feira a Secretaria da Receita Federal do Ministério da Economia. O crescimento real (descontada a inflação) comparado ao mesmo mês de 2018 chegou a 2,95%. É o maior resultado para o mês desde julho de 2011 (R$ 141,801 bilhões). Segundo o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita, Claudemir Malaquias, o resultado do mês foi influenciado por eventos atípicos.

O principal motivo foi o aumento da arrecadação de receitas extraordinárias de aproximadamente R$ 3,2 bilhões com Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. De acordo com Malaquias, isso aconteceu devido a reorganizações societárias, em que há incidência dos tributos sobre o ganho de capital com a nova organização societária das empresas.

De acordo com a Receita, também houve influência do crescimento da arrecadação de depósitos judiciais. Nos sete meses do ano, a arrecadação chegou R$ 895,330 bilhões, com aumento real de 1,97%. O valor corrigido pela inflação chegou a R$ 902,506 bilhões, o maior volume arrecadado no período também desde 2014, quando chegou a R$ 905,371 bilhões, em valores corrigidos pela inflação.

As receitas administradas pela Receita Federal (como impostos e contribuições) chegaram a R$ 127,637 bilhões, em julho, com aumento real de 4,15%, e acumularam R$ 854,285 bilhões nos sete meses do ano, alta de 1,6%. As receitas administradas por outros órgãos (principalmente royalties do petróleo) registraram queda em julho. Essas receitas totalizaram R$ 10,097 bilhões, no mês passado, com retração 10,18% em relação a julho de 2018. De janeiro a julho, o total chegou a R$ 41,045 bilhões, com aumento real de 10,25%, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Segundo Malaquias, a arrecadação segue em crescimento acima do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, mas ainda está abaixo da expansão das despesas. O aumento da arrecadação ajuda o governo a cumprir as metas fiscais.

No Rio Grande do Sul, a arrecadação federal totalizou R$ 6,2 bilhões entre impostos e contribuições, 1,3% a mais em termos nominais que no mesmo mês de 2018. Corrigida a arrecadação pelo IPCA, este percentual corresponde a uma queda real de 1,9%.

Os impostos corresponderam a R$ 2.214 milhões daquele total (35,4%), apresentando redução nominal de 7,5% na comparação com julho/2018. As contribuições somaram outros R$ 4.039 milhões (64,6% do total), com acréscimo de 6,8% sobre o mesmo período de 2018. A participação mensal da 10ª Região Fiscal avançou para 4,9% do total Brasil, com a arrecadação fazendária representando 4,6% e a Previdenciária, 5,7% do total nacional.


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