Reforma tributária: quais foram os pedidos de Leite aos deputados federais gaúchos

Reforma tributária: quais foram os pedidos de Leite aos deputados federais gaúchos

Governador destacou alguns pontos 'preocupantes' sobre a discussão no Congresso

Mauren Xavier

Governador apresentou aos deputados federais gaúchos demandas sobre a reforma tributária

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A reforma tributária que está em discussão no Congresso Nacional foi a pauta central da reunião entre o governador Eduardo Leite (PSDB) e deputados federais gaúchos nesta segunda-feira, durante almoço no Palácio Piratini. Na oportunidade, o governador apresentou alguns pontos preocupantes para o Estado e pediu 'união' da bancada nas votações a favor dos interesses do Estado. 

O discurso foi reforçado pelo líder da bancada gaúcha, deputado federal Carlos Gomes (Republicanos), que chegou a citar como exemplo a ação de parlamentares de outras regiões. “Nós do Sul e Sudeste precisamos aprender muito com as bancadas do Norte e Nordeste, que quando têm temas que interessam a essas regiões, eles deixam de lado as questões ideológicas, partidária e todos lutam, pegam juntos e trabalham para viabilizar e aprovar temas de interesse dessa região”, disse.

Pontos da reforma tributária

Sobre a reforma tributária, dois tópicos foram apresentados como os que merecem maior atenção. Um deles é sobre a unificação do imposto. A defesa do Estado é pela implantação de Imposto sobre Valor Adicionado (IVA) dual, em que os entes federativos manteriam a autonomia sobre a gestão dos recursos. Esse imposto substituiria os existentes atualmente: IPI, PIS, Cofins, ICMS e ISS.

Outro pedido foi em relação à criação de um Fundo de Desenvolvimento Regional, que ainda está em discussão, e buscaria auxiliar estados e municípios que viessem a ter queda na arrecadação com o novo modelo tributário. 

As mudanças relacionadas à reforma tributária foram apresentadas pela secretária da Fazenda, Pricilla Maria Santana. Em reunião, na semana passada, do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz), que analisa pontos técnicos da proposta, Pricilla defendeu a simplificação tributária e a preservação da autonomia arrecadatória dos estados e municípios. 

Vice-líder da bancada gaúcha, Any Ortiz (Cidadania) apontou que uma das maneiras de os parlamentares atuarem em conjunto na discussão é por meio da apresentação de emendas. "Há pontos que podem ser trabalhadores no sentido de que o Estado não perder", avaliou ela, após a reunião.  

Dos 31 deputados federais, estiveram presentes pouco mais da metade, sem contar representantes. Além de Carlos Gomes, participaram do encontro Afonso Motta (PDT), Alceu Moreira (MDB), Alexandre Lindenmeyer (PT), Any Ortiz (Cidadania), Bohn Gass (PT), Covatti Filho (PP), Giovani Cherini (PL), Heitor Schuch (PSB), Lucas Redecker (PSDB), Luciano Azevedo (PSD), Luis Carlos Busato (União), Marcon (PT), Pedro Westphalen (PP), Pompeo de Mattos (PDT) e Reginete Bispo (PT). Os três senadores gaúchos foram convidados, mas nenhum participou. 

Tramitação da Reforma Tributária

Para viabilizar uma proposta única, foi criado um grupo de trabalho para discutir o assunto. Na semana passada, o relator do texto, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), apresentou algumas diretrizes.

A estratégia é que esse documento sirva de base para o substitutivo às propostas em tramitação no Congresso, na PEC 45/2019, na Câmara, e na PEC 110/2019, no Senado.

O presidente da Câmara, Arthur Lira, tem defendido que a votação ocorra antes do recesso parlamentar, na segunda quinzena de julho. Após, o texto seguirá para o Senado. O governo federal projeta que até o final do ano as discussões sejam concluídas no Congresso. 


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